
Rio de Janeiro — Quem observa o sucesso do Flamengo no futebol pode não lembrar do remédio amargo ingerido em 2013 para se reestruturar em diferentes níveis durante a gestão de Eduardo Bandeira de Mello. Uma coisa puxa a outra. A partir da saúde financeira, o clube popular mais popular do país, pôde investir em jogadores, fortalecer o elenco e, consequentemente, conquistar títulos. Na esteira dos troféus, veio o resgaste da credibilidade no mercado, o que deixou o terreno fértil para patrocinadores para além dos gramados. O rubro-negro está presente em nove modalidades olímpicas — além do futebol feminino —, tem autossuficiência, Centro de Treinamento de ponta e cada vez mais incentivadores, como a Medley.
A farmacêutica é a nova integrante do time de patrocinadores dos esportes olímpicos do Flamengo e trabalhará para potencializar as modalidades de um clube estrelado, com as ginastas Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa e Lorrane Oliveira, o canoísta Isaquias Queiroz, a judoca Rafaela Silva e outros talentos. Para Valéria Borghi, gerente sênior de estratégia e branding da Medley, o acordo marca o encontro entre de duas marcas com valores próximos. Hoje, o principal ponto de atenção é com a saúde física e mental dos atletas. Ao Correio, ela explica como funcionará a parceria.
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O patrocínio ao Flamengo é reflexo que a presença da Medley no esporte é um sucesso?
“Essa é uma parceria e uma estratégia que trabalhamos há alguns anos, iniciada em 2023, quando começamos a patrocinar o COB. A Olimpíada (de Paris-2024) foi um grande marco, que nos fez aprender e crescer muito. Trouxemos a Olimpíada como um grande case, pois foi a marca mais mencionada entre os patrocinadores olímpicos e de uma forma muito relevante, falando de performance e falando de saúde mental. São mensagens que estamos construindo desde lá de trás e, neste ano, renovamos o patrocínio com o Sesi (vôlei). Então, mais do que patrocinar o Comitê, investimos no esporte brasileiro como todo, patrocinando o time feminino do vôlei no ano passado e, neste, expandimos para o masculino e, agora, com o Flamengo. É uma construção de vários tijolinhos, que vamos colocando.”
“Quando falo de esporte olímpico, pensamos muito bem que há alguns anos atrás, o esporte olímpico era visto apenas por performance. Teve uma ruptura importante, em um período no qual vem se falando cada vez de que a medalha não vem só da saúde física, vem por uma combinação do físico e mental. Acho que Paris-2024 foi um grande emblema disso. Acredito que Los Angeles-2028 também será.”
O patrocínio ao Flamengo terá alguma interação com o COB?
“Eles são complementares, até porque estamos patrocinando os esportes olímpicos. Foi uma escolha nossa patrocinar os esportes olímpicos, porque patrocinamos os esportes que estão no programa. Com isso, trazemos essa comunicação, temos a Lorrane (ginasta do Flamengo e medalhista, patrocinada individualmente pela Medley), tem essas oportunidades de sinergia. A escolha do vôlei também foi muito baseada nisso. O vôlei é uma categoria em que o Brasil já foi muito forte e que é muito querida pelo brasileiro. São estratégias complementares, com estratégias de marca, claro, mas também apoiamos atletas no desenvolvimento nessa jornada de evolução até o ciclo de Los Angeles-2028.”
O que gostaria que os torcedores do Flamengo entendessem sobre a mensagem da Medley?
“Enxergarmos o Flamengo como a grande potência no futebol, mas tem outras modalidades. É muito relevante e queremos trazer luz, porque são modalidades que estamos muito acostumados a ver com maior destaque nas Olimpíadas, mas que também aos poucos vão entrando no nosso dia a dia. Quero que os torcedores do Flamengo enxerguem isso como uma oportunidade de explorar mais todas as categorias que o clube tem e como a gente pode apoiá-los também na performance na saúde física e saúde mental. Esse é o nosso grande objetivo.”
Como a Medley irá mensurar o retorno sobre o investimento?
“A performance do atleta é muito individual, e não queremos nunca colocar nenhuma pressão. Sabemos que a jornada até uma Olimpíada é tortuosa. Mensuramos por meio da saúde de marca. Hoje, temos a Medley como uma revolução, é a mais forte do mercado farmacêutico, a mais lembrada dentro do segmento, eleita oito vezes Top of Mind, a mais recomendada, número um em qualidade e preferências. Dentro do pacote do Flamengo existem outras entregas, que vai de presença de marca dentro da arena da ginástica, do dojo, conteúdos digitais, temos forma de mensurar a performance da mídia. Mensuramos muito mais o poder da marca e o quanto cresceremos para chegar em um momento mais olímpico, como em Pan-Americano e nas Olimpíadas, estarmos com uma marca altamente atrelada ao esporte e, principalmente, ao esporte olímpico brasileiro.”
Quais interações os torcedores podem esperar?
“Nossa intenção é levar mais ativações, sejam presenciais, sejam digitais, principalmente, e que a gente consiga falar de atletas, saúde, performance. Esse será nosso grande mote. Não tenho spoilers para te dar, estamos contando histórias interessantes. Temos a Lorrane (Oliveira, ginasta), com quem trabalhamos desde o início do ano, que, antes mesmo de todo o anúncio, foi falar de saúde mental das redes sociais. Esse será o nosso caminho para trabalhar.”
*O repórter viajou a convite da Medley
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