O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Leandro Pinheiro Safatle, anunciou a ampliação do quadro de pessoal e novas ações de modernização da autarquia. Em entrevista ao CB.Saúde, parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília, concedida às jornalistas Carmen Souza e Mariana Niederauer, Safatle afirmou que a agência precisa de mais servidores para lidar com demandas regulatórias cada vez mais complexas.
De acordo com o presidente, a Anvisa deverá receber, no início do próximo ano, 100 novos servidores que estão em fase final de formação. "É o maior número de servidores que a Anvisa vai receber desde 2014, então isso é um reforço bastante importante", ressalta o presidente.
Além disso, Safatle ressaltou que foi enviado ao Congresso Nacional uma proposta para a criação de 256 novos cargos. De acordo com o presidente, essas vagas devem ser ofertadas em um próximo concurso público, cuja votação está em andamento. Ele considera o reforço essencial para manter a capacidade operacional da agência.
Safatle explicou que o quadro atual está reduzido frente ao aumento de solicitações e ao avanço de novas terapias. Para acelerar processos, a Anvisa tem investido em tecnologia e firmou parceria com o Ministério da Saúde para ampliar o uso de inteligência artificial.
A ferramenta, segundo ele, auxilia o trabalho do servidor e contribui para aumentar a produtividade. “A IA [Inteligência Artificial] não substitui o servidor. O servidor ele tem um papel fundamental, mas a IA ela se junta com o servidor para melhorar um pouco a produtividade desse servidor”, enfatiza Safatle .
A agência também garantiu um investimento de R$ 25 milhões do Ministério da Saúde para desenvolver projetos internos de modernização, muitos propostos pelos próprios funcionários.
A meta é reduzir pela metade, em seis meses, o passivo de pedidos de registro, especialmente de medicamentos e dispositivos médicos. A expectativa é eliminar o excesso de demandas em até um ano, permitindo que novas tecnologias cheguem mais rapidamente à população. "Fila é normal ter fila em todos os processos, é democrático ter fila. A questão é fila em excesso. Nós queremos tirar essas filas em excesso”, afirma Safatle.
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