Após candidatos relatarem problemas durante o Procedimento de Caracterização da Deficiência (PCD), uma das etapas do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) – banca examinadora da prova – informou na página oficial do certame que vai abrir uma segunda chamada para todas as pessoas ausentes na avaliação ocorrida neste sábado (13/12). Cerca de 4 mil candidatos disputam vagas nesta situação.
A FGV informou que a nova chance para os candidatos serem avaliados deve ocorrer ainda neste mês de dezembro, ainda sem data definida. Esta informação, além de horário e link individual de acesso estarão disponíveis no site oficial do concurso público (conhecimento.fgv.br/cpnu2), na data provável de 17 de dezembro de 2025. “Ressaltamos que é de responsabilidade da pessoa candidata acompanhar a publicação e tomar ciência do seu conteúdo”, destacou, em nota, a banca.
Avaliação de candidatos
O exame para aferir se o candidato possui, ou não, alguma deficiência física ou cognitiva estava marcado para ocorrer em dois turnos deste sábado, nos horários das 7h e 13h. No entanto, surgiram reclamações de participantes a respeito de falhas durante a execução da avaliação. Nas redes sociais, houve uma série de relatos de estudantes que não conseguiam sequer acessar a sala virtual para a realização do exame.
No X, um usuário escreveu que “a banca de verificação biopsicossocial simplesmente não está acontecendo e as pessoas, inclusive os fiscais nas salas do Temas, estão sem nenhuma informação”, ao que outra pessoa apontou que “vários candidatos estão em espera e nada de serem atendidos para o procedimento de verificação”. As publicações ocorreram por volta das 11h30 da manhã, pelo horário de Brasília.
Um outro candidato relatou demora da banca examinadora em dar uma resposta sobre a situação: “Já (faz) quase 30 minutos que deveria ter sido o fechamento da sala e nenhuma mensagem da FGV, mesmo que fosse uma vaga e nas redes sociais”. O comunicado oficial da fundação veio apenas depois das 13h, quando a avaliação dos candidatos que foram convocados para o turno da manhã já deveria ter sido concluída.
Relato pessoal
Um candidato com deficiência cognitiva relatou ao Correio a situação vivida também por outras pessoas dentro da sala virtual. “Tinha pessoas grávidas que passaram mal, tinha pessoas com filhos que estavam entrando em pânico, filhos pequenos, filhos autistas que estavam entrando em pânico, foi uma relativa calamidade”, afirmou o candidato, que preferiu não revelar a identidade.
“Me lembro de uma moça que afirmou categoricamente assim: ‘Sou do espectro autista e tenho crises de ansiedade com esse tipo de fenômeno. E está tudo bem aguentar uma situação como essa por alguns momentos, mas já se passaram seis horas e estou surtando’. Todo mundo estava surtando. Foi um absurdo”, acrescentou.
O procedimento para comprovar deficiência é realizado via telemedicina e conduzida por uma equipe composta por três especialistas, incluindo um médico. De acordo com a banca avaliadora, os participantes devem contar com câmera, microfone e conexão estável, além de apresentar documento de identificação original durante a sessão, que será gravada. A recusa à gravação exclui o candidato da lista de PCD.
Caso a deficiência não seja confirmada, o candidato segue na ampla concorrência, desde que atenda aos critérios das fases anteriores.
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