A matemática deixou de ser apenas números para se tornar palco de emoção, superação e representatividade. Aos 19 anos, Emili Yukie Takano, estudante de Engenharia na Universidade de Brasília (UnB), fez história ao se tornar a primeira mulher campeã da Olimpíada de Derivadas, realizada em Curitiba (PR), que reuniu 44 competidores de 11 instituições diferentes.
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Inspirada no método “Rei da Derivada”, criado pelo professor Ricardo Fragelli da UnB, a competição testa os conhecimentos de cálculo dos estudantes em duplas e duelos eliminatórios, exigindo não apenas acerto, mas também velocidade.
“Na fase dos duelos, não bastava estar certa, tinha que terminar primeiro também. Eu só consegui porque lembrava a mim mesma que tinha treinado muito para estar ali”, conta Emili, que se manteve firme mesmo diante da pressão da final, disputada em melhor de três rodadas.
Superação e representatividade
Além do título inédito para a UnB, a conquista teve um peso simbólico ainda maior. “Trazer esse troféu foi emocionante, mas representar as meninas em um espaço onde muitas vezes não somos levadas a sério foi ainda mais especial. Senti que cada uma delas estava torcendo por mim. Esse título não foi só meu, foi de todas nós”, afirmou.
O momento mais marcante, segundo a estudante, foi quando todas as professoras presentes entregaram juntas a medalha de primeiro lugar, transformando a vitória em um ato coletivo de incentivo às mulheres na ciência.
Emili lembra que a trajetória até a conquista do primeiro lugar não foi solitária. O convite do professor Fragelli, aliado ao apoio da equipe da UnB — formada também por Fernanda Maki, Gustavo Mendes e Paulo Ricardo Padilha — foi fundamental. Monitorias, treinamentos e competições preparatórias, como o “Rei e Rainha da Derivada” na própria universidade, ajudaram na preparação.
“Ter o apoio do professor e da equipe fez toda a diferença. Saber que não estava sozinha me deu força para seguir até o fim”, ressaltou.
Uma experiência que vai além da matemática
Mais do que competir, a olimpíada promoveu união entre estudantes de diferentes estados. “Foi incrível ver como a competição nos aproximou, mesmo depois de terminar. Celebramos juntos e criamos laços que vão continuar”, disse Emili.
A vitória da estudante paranaense residente no Gama não apenas garante seu lugar na história da Olimpíada de Derivadas, mas também abre caminho para que mais mulheres se sintam inspiradas a ocupar esse espaço. “Meu conselho para as meninas é: não deixem ninguém fazer você duvidar do seu potencial. Podemos ser as melhores, sim”, concluiu a campeã.
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