O presidente do PSD, Gilberto Kassab, sinalizou que vai desistir da ideia de contar com candidatura própria à Presidência da República em outubro deste ano. O cacique se encontrou com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, esta semana para tratar de palanques para diferentes candidatos presidenciais.
A movimentação frustrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT, que tentavam costurar acordos para apoio do PSD. Ainda assim, Lula deve ter palanque em 12 estados onde a sigla terá candidatos a eleições estaduais. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) deve contar com apoio em pelo menos dois estados: Goiás e Paraná.
Kassab ainda tem encontros marcados com Otto Alencar, na Bahia, e Omar Aziz, no Amazonas, que já manifestaram apoio a Lula com aval da própria cúpula pessedista, mesmo quando a legenda ainda buscava uma candidatura presidencial.
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Insucesso
Oos meses que antecedem as eleições de outubro foram duros golpes em Gilberto Kassab, considerado um dos melhores articuladores da política brasileira. Foram três tentativas mal sucedidas de ter uma candidatura própria.
A primeira foi o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Kassab chegou a anunciá-lo como pré-candidato, mas o chefe do poder Legislativo brasileiro desistiu da candidatura. O plano B foi Eduardo Leite. Em crise no PSDB após as prévias — da qual saiu derrotado por João Doria —, o ex-governador do Rio Grande do Sul chegou a negociar com o PSD para ser candidato ao Planalto, mas decidiu para permanecer no PSDB.
A última cartada foi Paulo Hartung (sem partido), ex-chefe Executivo do estado do Espírito Santo, mas Kassab acabou recebendo mais uma negativa.