ATOS EXTREMISTAS EM BRASÍLIA

Pacheco a Aras: 'povo não deve pagar por danos feitos por extremistas'

Presidente do Senado entregou ao Procurador-Geral da República representação com os nomes dos bolsonaristas golpistas que invadiram as sedes dos Três Poderes

Ana Mendonça - Estado de Minas
postado em 13/01/2023 15:21 / atualizado em 13/01/2023 15:21
 (crédito:  Jefferson Rudy/Agencia Senado)
(crédito: Jefferson Rudy/Agencia Senado)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, entregou, nesta sexta-feira (13/1), ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras, uma representação com os nomes dos bolsonaristas golpistas que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

Durante a conversa, Pacheco destacou que medidas devem ser tomadas contra os terroristas porque, segundo ele, “não é justo que o povo brasileiro pague pelos danos cometidos por uma minoria extremista”.

"No âmbito penal, as medidas cautelares, como o bloqueio de ativos, aquilo que couber, serão importantes para garantir a reparação do dano. Porque não é justo que o povo brasileiro pague pelos danos cometidos por uma minoria extremista que pretendia fazer um golpe no País", disse Pacheco.

Para ele, os parlamentares suspeitos de envolvimento nos atos antidemocráticos precisam passar pelo escrutínio dos conselhos de éticas do Parlamento. "Nosso desejo é que haja empenho de todo o Ministério Público Federal, desde o procurador da República até todas as instâncias nos estados para atuar em repreensão a esses fatos, e evitarmos que outros fatos como esse possam acontecer a partir de algum sentimento de impunidade que possa surgir", disse Pacheco ao entregar o documento.

O presidente do Senado avalia ainda que as punições, na forma da lei, desestimulam a hipótese de, futuramente, ocorrer atos semelhantes aos do dia 8 deste mês.

Documento explica invasão

Na reunião, na sede da Procuradoria-Geral da República (PGR), foram repassadas as informações levantadas pelas polícias legislativas, que prenderam em flagrante 44 pessoas, sobre a ação dos que participaram dos ataques ao Congresso.

No documento, há o detalhamento das armas utilizadas nos ataques e o levantamento ainda preliminar dos prejuízos causados à estrutura e ao mobiliário do Congresso. Augusto Aras recebeu a representação, que será mantida em sigilo, e garantiu que busca a apuração e identificação dos responsáveis.

"Este procurador-geral constituiu grupos de trabalho para a identificação da autoria e da materialidade dos fatos ilícitos cometidos, sejam aqueles meramente danosos, ou aqueles preparatórios e com sublevação do regime adotarmos providências imediatas", afirmou.

Aras afirmou ainda que, até o início da próxima semana, deve mover uma ação penal e ações cautelares contra aqueles que já foram identificados.

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