'Estamos determinados a renegociar as dívidas dos estados', diz Lula

O presidente participou nesta sexta (15/3) de anúncio de investimentos federais no Rio Grande do Sul, e ouviu do governador Eduardo Leite um apelo pela revisão da dívida

Presidente Lula durante anúncio de investimentos do Novo Pac no Rio Grande do Sul, ao lado do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do governador do estado, Eduardo Leite - (crédito: Ricardo Stuckert)

Victor Correia +

postado em 15/03/2024 14:30

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta sexta-feira (15/3) que o governo federal está determinado a renegociar as dívidas dos estados com a União. Lula comentou o tema durante anúncio de investimentos do Novo PAC no Rio Grande do Sul, ao lado do governador, Eduardo Leite (PSDB).

Em seu discurso, Lula afirmou já ter ouvido reclamações sobre a dívida de ex-governadores do estado, como Pedro Simon e Jair Soares. Ele esteve reunido com nove ex-chefes do Executivo gaúcho em junho do ano passado. Para Lula, se há tanta reclamação, algo está errado.

• Rio vai ao STF para questionar dívida de R$ 188 bilhões, diz Castro
• Estados esperam proposta do governo para renegociar dívidas ainda em março
• Estados do Sul e Sudeste cobram penas mais duras e renegociação de dívidas

"Estamos determinados a sentar com os governadores, renegociar as dívidas dos estados, para que a gente conceda a todo mundo o direito de respirar", afirmou Lula durante o evento, ocorrido em Porto Alegre. "Se todo mundo fala a mesma coisa, alguma coisa está errada. Não será nenhum favor, será obrigação do governo federal sentar e tentar achar alguma solução", emendou.

Governador pede renegociação

Antes do discurso presidencial, Eduardo Leite fez um apelo para que a dívida seja reduzida, além de acenos a Lula, apesar das divergências políticas. "Pode ter certeza de que eu sou um dos que torcem a seu favor, do seu governo, do Brasil, para que possamos encontrar destino melhor para a população", enfatizou.

Segundo Leite, o pagamento da dívida à União pode consumir em breve mais de 12% da receita corrente do estado. 

"O que pedimos à União é que faça um movimento para que pelo menos aquilo que arrecadamos fique efetivamente no estado e deixe de ser demandado do orçamento, para que a gente possa se associar às iniciativas [federais] e turbiná-las", declarou o governador. Outros estados, como Minas Gerais e Rio de Janeiro, também pleiteiam a renegociação.