O ministro da Saúde em exercício, Swedenberger Barbosa, foi o entrevistado desta terça-feira (1º/10) no programa CB.Poder — uma parceria entre o Correio e a TV Brasília — em homenagem ao Dia Internacional e Nacional do Idoso. Barbosa destacou a participação do eleitor idoso no cenário político, ressaltando que, apesar de representarem 10% do eleitorado, os idosos ainda são negligenciados nas campanhas eleitorais. O ministro criticou a ausência de propostas específicas para esse público e defendeu a necessidade de valorizar sua influência nas eleições.
"É falta de zelo no olhar crítico desses políticos para um eleitor especial. Representar 10% pode decidir uma eleição municipal. Ignorar esse segmento é um descuido na política".
A política de cuidado integral à pessoa idosa, segundo Barbosa, deve proporcionar dignidade e condições para que todos os idosos participem ativamente da sociedade. “Significa dar dignidade, dar acesso, dar condições para que participe da sociedade”, acrescentou.
O ministro Swedenberger Barbosa deixou claro que o envelhecimento da população brasileira exige ações coordenadas e investimentos contínuos em saúde, educação e assistência social. O objetivo é garantir que os idosos possam envelhecer com dignidade, independência e qualidade de vida.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de um orçamento específico para os idosos, o ministro não revelou valores, mas garantiu que o governo está comprometido com o tema. “Nós temos um volume de recursos que é utilizado no Ministério da Saúde, no Ministério do Desenvolvimento Social e no Ministério de Direitos Humanos e Cidadania. Não posso antecipar o valor porque essa informação deve ser reservada para que o próprio presidente Lula possa fazer essa divulgação”, disse. No entanto, ele assegurou que o foco é garantir dignidade e acesso aos serviços públicos para todos os idosos, especialmente os mais pobres e com dificuldades de locomoção.
Barbosa revelou que o Ministério da Saúde está utilizando os dados do Censo 2022 para aprimorar as políticas públicas voltadas para os idosos. “Estamos destrinchando essa demografia, o que significa dizer onde estão e o que necessitam. Isso é uma peça fundamental da informação para a política de saúde chegar de maneira adequada”, afirmou. Segundo ele, a análise detalhada dos dados permite identificar as necessidades específicas dos idosos, como dificuldades de locomoção e acesso ao transporte público.
*Estagiária sob a supervisão de Ronayre Nunes
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