ABIN PARALELA

"Grande dia": governistas ironizam indiciamento de Carlos Bolsonaro

Deputados governistas celebram decisão da Polícia Federal e associam caso da Abin paralela a projeto autoritário

Montagem com Andre Janones e presidente Jair Bolsonaro -  (crédito: Reprodução/Câmara dos Deputados/Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Montagem com Andre Janones e presidente Jair Bolsonaro - (crédito: Reprodução/Câmara dos Deputados/Edesio Ferreira/EM/D.A Press)

Parlamentares da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva ironizaram nesta terça-feira (17/6) o indiciamento do vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), no caso que ficou conhecido como “Abin paralela”. As reações vieram nas redes sociais.

Atualização feita 23h20 do dia 17 de junho: diferente do informado anteriormente pela PF, o ex-presidente Jair Bolsonaro não foi indiciado pelo caso. A Polícia Federal apontou indícios de autoria e materialidade de Bolsonaro no caso, mas entendeu que o ex-presidente já foi indiciado por organização criminosa no caso da tentativa de golpe de Estado e, por isso, não o indiciou novamente neste caso.

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O deputado federal André Janones (Avante-MG) foi um dos primeiros a comentar o indiciamento. Em tom sarcástico, o parlamentar celebrou a conclusão da investigação. “URGENTE! A Polícia Federal ACABA de indiciar Bolsonaro, Carluxo, Ramagem e mais 30 bandidos por ESPIONAGEM ILEGAL contra inimigos utilizando a ABIN! Não adianta ficar de mimimi, vai TODO MUNDO pra CADEIA. Grande dia”, escreveu, acompanhado de uma foto dos três indiciados.

O também deputado federal Rogério Correia (PT) adotou tom semelhante. “Mais um indiciamento na conta do mito”, publicou. “Não tem para onde fugir”, continuou.

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) foi mais direta nas acusações e classificou o episódio como um “caso grave de terrorismo de Estado”. “A “Abin paralela” é mais uma peça do projeto bizarro de poder de Bolsonaro. Liderada por Carluxo e Ramagem, essa máquina ilegal espionou cidadãos, produziu dossiês clandestinos e atacou Judiciário, Legislativo, imprensa e até presidenciáveis. É caso grave de terrorismo de Estado”, escreveu.

A Polícia Federal concluiu o inquérito da “Abin paralela” nesta semana e apontou que mais de 30 pessoas participaram do suposto esquema de espionagem, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). O relatório foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ainda está sob sigilo.

postado em 17/06/2025 16:45 / atualizado em 18/06/2025 00:01
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