
O ex-presidente Jair Bolsonaro se referiu aos Estados Unidos como um "país que projeta a democracia e a liberdade", ao ser questionado, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (18/7), sobre a atuação do filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, no país. O parlamentar é acusado de buscar, junto ao governo norte-americano, a imposição de sanções contra autoridades brasileiras do Supremo Tribunal Federal (STF), da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal (PF).
"Pela acusação, são 12 anos de cadeia para ele, por atentar contra o Estado Democrático de Direito. Ele está junto ao parlamento americano. Os Estados Unidos são o país que projeta democracia e liberdade. Tem cabimento?", indagou. Investigações indicam que o ex-presidente instigou seus seguidores nas redes sociais contra o Poder Judiciário brasileiro e replicou mensagens do presidente dos EUA, Donald Trump, que atacavam a soberania brasileira e a independência judicial.
A declaração foi dada após o ex-presidente deixar o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica, onde colocou uma tornozeleira eletrônica, uma das medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Mais cedo, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Bolsonaro e na sede do Partido Liberal.
O ex-presidente evitou responder perguntas específicas, mas fez críticas diretas ao STF e à condução das investigações. “Isso é um constrangimento público. Estou sendo humilhado por algo que não fiz”, declarou. Além da tornozeleira, Bolsonaro também está proibido de deixar Brasília, não pode ter contato com diplomatas nem com o filho Eduardo, e está sujeito a toque de recolher noturno.
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