
O vice-líder do PL, deputado Coronel Chrisóstomo (RO), afirmou em nota que não defende “nenhum tipo de ruptura democrática”. A fala a qual se refere foi dita durante coletiva da oposição após decisões cautelares do Supremo Tribunal Federal ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Em nenhum momento defendi qualquer tipo de ruptura democrática. Ao mencionar as Forças Armadas e o ano de 1964, fiz referência ao papel histórico da imprensa naquele período, que, à época, esteve ao lado da população, divulgando os fatos com coragem e responsabilidade. Não se tratava de exaltar regimes de exceção, mas sim de destacar a importância de uma imprensa livre e comprometida com o povo”, explica.
O parlamentar afirma ainda que a atuação dele como deputado é pela liberdade. “Minha atuação parlamentar é pautada pela defesa da liberdade, da Constituição e do Estado Democrático de Direito. Repudio qualquer forma de autoritarismo — seja militar, judicial, digital ou ideológico. A democracia só é plena quando o povo pode se expressar livremente, a imprensa pode noticiar sem medo, e os parlamentares podem representar seus eleitores com independência”, ressalta.
Papel das Forças
O vice-líder do partido de Jair Bolsonaro também esclareceu qual a sua opinião sobre as Forças Armadas e seu dever. “Reafirmo que as Forças Armadas devem cumprir seu papel constitucional com altivez, isenção e responsabilidade, sem se envolver em disputas políticas. Ressalto, no entanto, que é urgente garantir os recursos necessários para que nossos militares possam seguir protegendo a soberania nacional, garantindo a ordem e apoiando a população em situações emergenciais”, disse.
Por fim, o deputado destaca que é preciso haver um julgamento individual para os envolvidos no 8 de janeiro de 2022. “Relembro, com preocupação, o episódio de 8 de janeiro de 2023. Naquele momento, milhares de brasileiros foram tratados de maneira generalizada e excessiva. Defendo que qualquer responsabilização seja feita com base individual, respeitando o devido processo legal, jamais por conveniência política ou pressão institucional”, pondera.
Entenda
Mais cedo, durante coletiva de imprensa convocada pela oposição, o deputado federal Coronel Chrisóstomo fez um apelo direto às Forças Armadas após a decisão do ministro Alexandre de Moraes que impôs medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Em tom emotivo e com referências ao regime militar de 1964, o parlamentar classificou a decisão como “perseguição” e afirmou que “o Brasil não aguenta mais”.
“Chega de perseguição. O povo brasileiro não aceita isso. […] Nós não podemos ter um único sujeito, uma única autoridade, perseguindo impiedosamente um ex-presidente que só pensa em fazer coisas boas para o Brasil”, afirmou Chrisóstomo, sob aplausos de colegas da bancada bolsonarista.
O deputado também lembrou sua origem militar e disse sentir “orgulho” da atuação das Forças Armadas no golpe de 1964, que depôs o então presidente João Goulart. “Me orgulhei das Forças Armadas em 64, embora fosse ainda menino, criança”, declarou. Na sequência, fez um apelo: “Hoje eu quero dizer o seguinte: Forças Armadas, estejam ao lado do povo brasileiro. Estejam ao lado da democracia”.
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