
Deputados e senadores trocaram ofensas na noite desta segunda-feira (8/9), durante o depoimento do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o roubo de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O clima esquentou depois das 21h. o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) questionou o ex-ministro, perguntou se ele se considerava responsável pelo que chamou de “retirada de autonomia do INSS”. "Quem assina (renovação de convênios com entidades) é responsável por seus atos, sim ou não?", questionou o deputado.
Lupi, que já havia respondido às perguntas dos demais parlamentares, disse que preferia ficar em silêncio. O relator, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), protestou. "Testemunha pode ficar em silêncio se esse fato for incriminá-la e ela tem que deixar isso bem explícito", disse, o que irritou parlamentares governistas.
O líder do governo na CPMI, Paulo Pimenta (PT-RS), cobrou uma reação do presidente da comissão, o senador Carlos Viana (Podemos-MG). Nesse momento, um parlamentar não identificado disse ao microfone: "Cale a boca, Paulo Pimenta".
O petista, por sua vez, disse que o presidente estava impedindo a testemunha de falar. O que se seguiu foi uma discussão entre os dois nos microfones. "Você me respeite", disse Carlos Viana a Paulo Pimenta antes de cortar os microfones no plenário.
Mesmo com os microfones mudos, transmissão da TV Câmara captou uma outra discussão acalorada entre o deputado Rogério Correia (PT-MG) e o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
Os deputados elevaram o tom e discutiram com o dedo em riste. Os parlamentares foram contidos por colegas. Mesmo com a confusão, Carlos Viana se recusou a suspender a sessão e retomou o depoimento.
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