
O terceiro dia de julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus aliados no Supremo Tribunal Federal (STF) foi marcado não apenas pelos votos dos ministros, mas também pela reação de parlamentares da base governista que acompanharam a sessão no plenário, em Brasília.
Na saída do tribunal, os deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e Rogério Correia (PT-MG) exaltaram o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, e destacaram que a luta contra o golpismo não se encerra com a decisão judicial.
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Para Valente, o voto de Moraes representou um marco histórico. “O voto do ministro Alexandre de Moraes, além de ter sido consistente e robusto, interligando pontos, mostrou que estamos combatendo duas coisas que ficaram impunes na República: a punição de militares, porque serão condenados generais de quatro estrelas e almirantes, e a responsabilização do ex-presidente da República, chefe da organização criminosa”, afirmou.
Segundo ele, o julgamento corrige falhas da transição democrática. “A anistia de 79 não puniu os torturadores que Bolsonaro defendeu a vida toda. Agora, finalmente, estamos fechando um ciclo de impunidade.”
Correia reforçou a importância simbólica do momento. “Acho que o voto hoje é um game over para Bolsonaro e para o golpismo. Mas não significa o fim da extrema-direita, portanto, é preciso que esse combate permaneça”, disse.
Para o deputado, a tentativa de aprovar anistia no Congresso representa uma ameaça real. “Essa luta pela anistia ampla, geral e irrestrita é muito perigosa, porque significaria apontar para frente no sentido de um regime autoritário que foi tentado e hoje esmiuçado no voto de Alexandre de Moraes.”
O parlamentar ainda destacou que o tema da anistia não deve ser visto como disputa entre governo e oposição, mas como questão de sobrevivência democrática. “É preciso que a população brasileira esteja atenta e não permita nem que Hugo Motta, presidente da Câmara, nem que Davi Alcolumbre, presidente do Senado, avancem com essa pauta. Mas é uma luta popular que continua”, afirmou.
O petista convocou a população a comemorar a condenação dos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. “A festa começa com o voto de Alexandre de Moraes, mas ainda não terminou. O povo brasileiro estará nas ruas para celebrar a democracia. Sem anistia. Sem anistia”, declarou.
Reação dos deputados ao voto de Moraes
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Reação de parlamentares: o terceiro dia de julgamento foi marcado pela presença e reação de parlamentares governistas no plenário do STF, em Brasília.
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Apoio a Alexandre de Moraes: os deputados Ivan Valente (PSOL-SP) e Rogério Correia (PT-MG) elogiaram o voto do ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do caso.
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Voto de Moraes:
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Ivan Valente classificou o voto como "consistente e robusto".
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Ele destacou que o julgamento representa um marco histórico por duas razões:
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A punição de militares de alta patente.
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A responsabilização do ex-presidente da República, a quem ele se referiu como "chefe da organização criminosa".
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Valente também afirmou que o julgamento corrige falhas históricas da transição democrática, mencionando a anistia de 1979 que não puniu torturadores.
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Visão de Rogério Correia:
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Para o deputado, o voto de Moraes é um "game over" para Bolsonaro e o golpismo, mas ele ressalta que a luta contra a extrema-direita deve continuar.
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Correia alertou sobre a perigosa tentativa de aprovar uma anistia ampla e irrestrita no Congresso, considerando-a uma ameaça à sobrevivência democrática.
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Ele concluiu com um chamado para que a população se mantenha atenta e se mobilize para comemorar a condenação, com o lema: "Sem anistia."
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