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Relator da CPMI do INSS cancela visita a Bolsonaro para evitar "questionamentos"

Alfredo Gaspar (União-AL) informou ao ministro Alexandre de Moraes que desistiu da visita. Ele disse ao Correio que a decisão foi pautada por prudência e respeito institucional

Deputado explicou que retomará o pedido apenas após o encerramento dos trabalhos da CPMI, instalada em 20 de agosto     -  (crédito: Andressa Anholete/Agência Senado)
Deputado explicou que retomará o pedido apenas após o encerramento dos trabalhos da CPMI, instalada em 20 de agosto - (crédito: Andressa Anholete/Agência Senado)

O relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), decidiu cancelar a visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar, após autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar alegou que a medida foi tomada para evitar “ilações e questionamentos” sobre sua imparcialidade na condução dos trabalhos da comissão.

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Em ofício encaminhado a Moraes, Gaspar informou que não poderá comparecer à visita institucional agendada para o dia 29 de outubro, destacando o compromisso com a responsabilidade do cargo de relator. O deputado explicou que retomará o pedido apenas após o encerramento dos trabalhos da CPMI, instalada em 20 de agosto.

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“Visando evitar qualquer questionamento ou ilação quanto à minha atuação na CPMI do INSS, informo que, concluídos os trabalhos da Comissão, solicitarei novamente, por intermédio do advogado de defesa do Senhor Jair Messias Bolsonaro, o agendamento da visita”, escreveu Gaspar no documento enviado ao ministro.

O parlamentar afirmou ao Correio que a decisão reflete uma postura de “prudência e respeito institucional”. “Enquanto estiver na relatoria, não poderei participar de atos que possam gerar dúvidas sobre minha conduta. O presidente Bolsonaro tem minha solidariedade e respeito, mas a prioridade é garantir a credibilidade da CPMI”, afirmou.

A visita de Gaspar havia sido autorizada por Moraes na quarta-feira (15), com horário marcado entre 9h e 18h na residência do ex-presidente. A autorização fazia parte de um novo conjunto de liberações emitidas pelo ministro, que também permitiu a entrada de parlamentares como o senador Rogério Marinho (PL-RN), o pastor Robson Rodovalho e o ministro Antonio de Oliveira Francisco, do Tribunal de Contas da União (TCU).

A CPMI do INSS, presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), investiga possíveis irregularidades e fraudes em benefícios previdenciários. Os trabalhos da comissão devem ser concluídos até o fim do ano, e o relatório final será elaborado por Gaspar.

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postado em 23/10/2025 17:33 / atualizado em 23/10/2025 17:36
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