OPERAÇÃO CONTENÇÃO

Michelle Bolsonaro defende ação no Rio e acusa Lula de "cumplicidade com o tráfico"

Em nota do PL Mulher, ex-primeira-dama critica o presidente Lula e o coloca no "Trio da Destruição", ao lado de Maduro e Petro

A ex-primeira-dama também acusa o governo federal de se omitir diante da violência e de não apoiar as forças de segurança do Rio -  (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press; Ricardo Stuckert/PR)
A ex-primeira-dama também acusa o governo federal de se omitir diante da violência e de não apoiar as forças de segurança do Rio - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press; Ricardo Stuckert/PR)

A presidente do PL Mulher e ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro divulgou, nessa quinta-feira (30/10), um manifesto em defesa da megaoperação policial que resultou na morte de mais de 120 pessoas nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. O texto, intitulado As mães e a (in)segurança pública, faz duras críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o cita oito vezes, associando-o à leniência com o crime organizado.

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Na manifestação, Michelle afirma que, “ao tratar narcotraficantes como vítimas, Lula torna-se cúmplice da dor e da destruição que o tráfico espalha”. A ex-primeira-dama também acusa o governo federal de se omitir diante da violência e de não apoiar as forças de segurança do estado. “A Polícia Federal, sempre ágil para prender idosas e mulheres manifestantes do 8 de janeiro, recusou-se a combater traficantes em apoio às polícias civil e militar do Rio”, escreveu.

A megaoperação, deflagrada na terça-feira (28), foi considerada a mais letal da história do Rio, com mais de 120 mortos, entre eles, quatro policiais e mais de 100 suspeitos. Segundo o governo estadual, a ação teve como objetivo desarticular o Comando Vermelho (CV), principal facção criminosa da capital fluminense, e apreender armamentos de uso restrito. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) classificou a operação como um “marco histórico no enfrentamento ao narcotráfico”.

No texto, Michelle ainda acusa Lula de integrar o que chama de “Trio da Destruição”, ao lado dos presidentes Nicolás Maduro, da Venezuela, e Gustavo Petro, da Colômbia. Segundo ela, os três “atuam incansavelmente para favorecer os traficantes, inclusive recusando-se a classificá-los como narcoterroristas”.

A ex-primeira-dama também retomou declarações do presidente feitas na Indonésia, em 24 de outubro, quando Lula afirmou que “traficantes são vítimas de usuários também”. Michelle reagiu dizendo: “Respeite-nos, Lula. As verdadeiras vítimas são as mães, os trabalhadores, os familiares e os policiais que tombam todos os dias nesse combate desigual”.

O manifesto termina com críticas ao silêncio do presidente diante das mortes de agentes públicos durante a operação. “A sociedade ouve o silêncio ensurdecedor do presidente, incapaz de consolar familiares de policiais mortos ou homenagear heróis caídos no combate ao narcotráfico”, diz o texto assinado pelo PL Mulher.

 

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postado em 31/10/2025 10:56 / atualizado em 31/10/2025 10:58
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