
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou, nesta terça-feira (11/11), o julgamento de 10 acusados de integrar o chamado núcleo 3 da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo era responsável pelo planejamento operacional de ações violentas, que incluíam a morte de autoridades e a instalação de um regime de exceção no país.
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A maior parte dos réus é formada por militares das forças especiais, conhecidos como “kids pretos”. Segundo a denúncia, eles elaboraram os planos chamados “Punhal Verde Amarelo”, que previa o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e “Operação Luneta”, cujo alvo seria o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
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Trata-se do terceiro núcleo da trama golpista a ser analisado pelo Supremo. Nos últimos meses, a Corte já condenou 15 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sentenciado a 27 anos e 3 meses de prisão. Desta vez, a expectativa é de uma decisão unânime, já que o ministro Luiz Fux, que havia divergido em julgamentos anteriores, não participa mais da Primeira Turma.
Com a saída de Fux, o julgamento será conduzido pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino. A sessão teve início com a leitura do relatório do processo, seguida pela manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que deve reforçar o pedido de condenação de nove acusados e a absolvição parcial de Ronald Ferreira de Araújo Júnior, por falta de provas de envolvimento direto na conspiração.
- Leia também: Julgamento do Núcleo 4: "Ataques às instituições não são liberdade de expressão", diz Moraes
Após a fala da Procuradoria Geral, as defesas iniciam as sustentações orais. Cada advogado terá até uma hora para apresentar os argumentos em favor da absolvição dos clientes. O julgamento deve se estender até o próximo dia 19, quando os ministros deverão concluir a análise do caso e definir as penas dos envolvidos.

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