Câmara dos Deputados

Rogério Correia cobra prioridades e denuncia violência após votação

Deputado criticou foco da Câmara no PL da Dosimetria e relatou agressão sofrida por Dorinaldo Malafaia durante a sessão tensa de terça-feira

Deputado Rogério Correa (centro), que preside a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, fez críticas à condução da Casa pelo presidente Hugo Motta após os episódios de violência no plenário -  (crédito: Danandra Rocha/CB/D.A Press)
Deputado Rogério Correa (centro), que preside a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, fez críticas à condução da Casa pelo presidente Hugo Motta após os episódios de violência no plenário - (crédito: Danandra Rocha/CB/D.A Press)

Após a madrugada em que foi aprovado o projeto de lei (PL) da Dosimetria e por episódios de violência no plenário, o deputado Rogério Correia (PT-MG) voltou a criticar a condução política da Câmara e denunciar o clima de tensão que tomou conta da Casa. A fala ocorreu na Comissão de Finanças e Tributação, na manhã desta quarta-feira (10/12), durante a retomada das discussões sobre o fim da jornada de trabalho 6x1.

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Para Correia, que preside o colegiado, a Câmara tem relegado pautas de interesse social enquanto acelera projetos que, segundo ele, atendem a grupos específicos. “O que interessa a alguns na política é a pauta de anistia para quem tentou dar um golpe no nosso país. E pautas outras, como essa, na jornada 6x1, ficam em segundo plano na Câmara dos Deputados e no Parlamento. Nós queremos colocar isso em primeiro plano, colocar como uma pauta, talvez a mais importante que a gente possa aprovar”, afirmou.

O petista também relatou, em tom firme, o episódio de agressão envolvendo o deputado Dorinaldo Barbosa Malafaia (PDT-AP), ocorrido durante a confusão da noite anterior. Segundo ele, a ação dos seguranças ultrapassou limites aceitáveis.

“Aquele constrangimento e aquela violência de ontem, ele (Dorinaldo) teve o braço torcido, acompanhei o processo todo lá de cima, junto com ele, e foi uma agressão muito sofrida, do ponto de vista de dor, do tamanho da violência, mas, também, do sentimento democrático e pessoal”, disse.

Correia afirmou que os parlamentares não podem ser impedidos de atuar. “Ninguém está aqui para fazer enfrentamento físico. Nós viemos aqui para o Parlamento para defender ideias, e ser impedido de defender ideias ao tentar evitar que alguém fosse retirado com aquela forma de violência… nós estávamos tentando exatamente fazer com que o processo continuasse a bom termo.”

O deputado anunciou que haverá consequências. “Nós vamos fazer uma queixa-crime contra o presidente dessa Casa (Hugo Motta, do Republicanos-PB), porque todos os seguranças disseram que cumpriram ordens. Fomos ao médico, fizemos exame, isso está registrado. Com certeza, nós vamos dar seguimento a isso.”

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postado em 10/12/2025 14:32
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