
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSol-SP) afirmou, nesta quarta-feira (10/12), que vai acionar a Procuradoria-Geral da União (PGU) contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pelo crime de lesão corporal. Sâmia diz que ela e o parlamentares Glauber Braga (PSol- RJ) e Célia Xakriabá (PSol -MG) foram agredidos pela Polícia Legislativa após confusão no plenário da Câmara na terça-feira (9/12). A desordem ocorreu depois de Braga ocupar a Mesa Diretora em protesto contra um pedido de cassação contra ele.
Sâmia reiterou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também será acionado por violência política de gênero.
“Ele é um covarde porque dá ordem para a Polícia Legislativa e depois diz que ele não fez, mas nós não somos covardes e vamos até às últimas consequências. É por isso que nós vamos acionar a Procuradoria-Geral da República pelo crime de lesão corporal que ele fez contra mim, contra o Glauber e contra a Célia. O delegado da 5ª DP nos ordenou a fazer exame de corpo delito, justamente porque havia uma série de machucados, sobretudo na Celinha, que foi a mais machucada dos três”, disse ela.
“Também vamos acionar o TSE porque houve violência política de gênero, sobretudo quando há profissionais de segurança a mando do presidente Hugo Motta. Homens bateram em parlamentares mulheres, sendo que haviam profissionais de segurança mulheres disponíveis para fazer o trabalho sujo que ele havia mandado”, continuou.
O deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) também criticou Hugo Motta e o chamou de “ex-presidente em exercício”. Ele questionou a negação, por parte do presidente da Casa, de mandar a Polícia Legislativa ser truculenta com parlamentares e jornalistas.
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“Supondo que ele não esteja mentindo, que a ordem não tenha sido dele. Se ele falou, se ele está mentindo, foi ele. Ele é um autoritário. Se ele está falando a verdade, não foi ele, ele é fraco. Ele é um ex-presidente em exercício. Porque alguém no lugar dele, sem a ciência ou consentimento dele, teria mandado suspender o sinal da Câmara e retirado a imprensa. Ou estamos diante de um autoritário, ou de um ex-presidente em exercício. São duas hipóteses vergonhosas”.
Após sofrer críticas de parlamentares pela ausência durante o episódio de violência, Motta afirmou que houve desrespeito ao Poder Legislativo e à instituição e que a cadeira da “presidência não pertence a indivíduos, mas às instituições democráticas”.

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