
Entre a preparação para a chegada da filha Isabel e viagens por diversos países para aprender sobre diferentes culturas e dinâmicas familiares, o jornalista Pedro Andrade apresenta a série documental Um tanto familiar, da HBO Max, com coração aberto para entender o universo da paternidade. O seriado estreia na próxima terça-feira (21/10), às 21h30, com capítulos semanais no canal da HBO e no streaming.
"Não há viagem maior na minha vida que a viagem de ser pai", destaca Pedro. Como esse sempre foi um dos maiores sonhos do jornalista, ele decidiu registrar todo o processo por conta própria, sem nem mesmo saber que a série ia se tornar uma realidade. Ele pretende mostrar o projeto para a filha um dia, e espera que ela veja como uma oportunidade de aprender mais sobre quem eram os pais e o que eles sentiram com a chegada dela.
"Eu não sei que mulher a Isabel vai se tornar e o que ela vai pensar quando assistir a esse registro, mas espero que ela entenda o porquê de eu ter escolhido fazer essa série, que enxergue como um privilégio, em vez de uma exposição gratuita. Porque a gente lutou muito para tê-la nos nossos braços. O amor não veio só de mim e do Ben, veio da Whitney, que foi a barriga de aluguel, e ela foi gerada num lugar assim, de absoluto amor. Pode soar piegas, mas tenho certeza que quem assistir à série vai concordar", explica o jornalista.
Os episódios fazem um paralelo entre a jornada do jornalista e do marido, Benjamin Thigpen, realizando o sonho de se tornarem pais por meio de uma barriga de aluguel, com os encontros de Pedro com pais, mães e famílias em países como Itália, China, Japão e Estados Unidos para entender mais sobre paternidade em diferentes formações familiares ao redor do globo.
"Eu aprendi muito com todos os convidados, fui de cabeça aberta, chegava com vulnerabilidade e humildade de poder aprender mesmo. Eu espero que essa série tenha o mesmo efeito nos telespectadores, você aprende que tem muito mais em comum com essas famílias que não tem nada a ver com você do que você imaginava. Eu entendi que ser uma família não é um formato estabelecido, é o desejo de cuidar de outra pessoa, de criar uma coisa maior que você mesmo", relata o jornalista.
Experiências transformadoras
Tatiana Issa, diretora da produção, acompanhou Pedro nas viagens e reforça que a experiência de conhecer as diferentes histórias de superação, amor e luta foi transformadora e emocionante. "Quando você faz um programa de viagem, você se transforma e nunca mais será a mesma pessoa. Você traz coisas lindas, traz dores também, e se transforma como ser humano. Você entende o mundo e as pessoas de uma forma muito mais profunda", explica a produtora.
Ainda que a série siga sua jornada para a paternidade, Pedro ressalta que o enredo vai muito além das famílias, e, sim, aborda uma experiência universal e humana: "Quando você fala sobre pais mais velhos, você também tá falando sobre finitude, sobre envelhecimento. Todo mundo já se sentiu abandonado, injustiçado, acolhido, já teve medo… Então, apesar de o gancho ser a família, a série é uma coisa muito maior", ressalta.
*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte

Diversão e Arte
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