
O homem apontado pela polícia como mandante da Chacina do Vale do Jari, que deixou oito garimpeiros mortos na fronteira do Amapá com o Pará, foi preso na noite de sábado (16/8) pela polícia Civil de Goiás em Samambaia, no Distrito Federal.
A operação conjunta que integrou a Polícia Civil de Goiás, Polícia Civil do Amapá e Ministério da Justiça e Segurança Pública prendeu preventivamente José Endo Alves de Oliveira, de 46 anos. Ele é conhecido como Marujo. Além da prisão de José Endo Alves de Oliveira, outro homem foi preso por favorecimento pessoal. A apuração policial dá conta que cinco policiais militares do Amapá estão envolvidos no crime ocorrido no começo de agosto.
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Segundo o g1 Amapá, as vítimas, que eram de Macapá, foram até o local do crime negociar um terreno com o homem preso neste sábado. O último contato das vítimas com a família foi no dia 4 de agosto, informando que eles estavam retornando para casa, mas eles nunca chegaram e a família procurou a polícia. Os corpos foram escondidos em uma área alagada e submergiram dias após as mortes. As caminhonetes usadas pelas vítimas foram encontradas pela polícia incendiadas em um ramal perto do local do crime.

A divulgação da imagem dos presos foi procedida nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC, conforme despacho do(a) delegado(a) de polícia responsável pelo inquérito policial, de modo que a publicação de sua imagem possa auxiliar no surgimento de novas vítimas e testemunhas que façam seu reconhecimento, além de novas provas
Integração das forças
"A ação representa mais um resultado do trabalho integrado entre as Polícias Civis e órgãos de inteligência nacionais, que, mediante a realização de diversas diligências investigativas e de inteligência, lograram êxito em localizar e capturar o alvo, considerado de alta periculosidade", informa a nota da PCGO.
Na mesma linha, o ministério da Justiça celebrou a ação conjunta das policiais e do governo federal. “Quando a União e os estados se unem e trabalham de forma integrada, o resultado é sempre positivo. Trata-se de um crime importante, que chocou todo o Brasil, e o resultado hoje é significativo e é fruto de um trabalho que envolveu forças estaduais e a União Federal trabalhando com afinco", declarou Mario Sarrubbo, Secretario Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).