SISTEMA PRISIONAL

Como é a 'Papudinha', onde está preso o ex-ministro Anderson Torres

Celas da Papudinha são mais amplas e oferecem condições superiores às da Papuda comum. O espaço conta com beliches, ventiladores, televisão e uma pequena copa

Anderson Torres -  (crédito: EVARISTO SÁ/AFP)
Anderson Torres - (crédito: EVARISTO SÁ/AFP)

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres cumprirá a pena no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como Papudinha, uma ala especial administrada pela Polícia Militar dentro do Complexo Penitenciário da Papuda.

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O CORREIO BRAZILIENSE NOGoogle Discover IconGoogle Discover SIGA O CB NOGoogle Discover IconGoogle Discover

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

Condenado a 24 anos de prisão, ele teve o início da pena determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os detalhes do presídio foram passadas ao jornal O Globo por dois ex-detentos da penitenciária.

A área é tradicionalmente destinada a policiais, militares e autoridades condenadas. O próprio Torres já havia passado pelo local quando esteve em prisão preventiva no curso das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado.

De acordo com os relatos obtidos, as celas da Papudinha são mais amplas e oferecem condições superiores às da Papuda comum. O espaço conta com beliches, ventiladores, televisão e uma pequena copa.

Embora não exista metragem oficial divulgada, integrantes da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) estimam cerca de 12 metros quadrados por cela.

O regime interno também é mais flexível. A ala permite frutas, refrigerantes e ingredientes para sobremesas, além do uso de roupas coloridas, vermelho para presos do regime fechado e amarelo no semiaberto. Na Papuda, as vestimentas são obrigatoriamente brancas e a entrada de alimentos e itens de higiene deve seguir regras mais rígidas.

Made with Flourish

Ainda assim, há limitações semelhantes às demais unidades do complexo. Os presos têm acesso restrito à televisão, correspondência e banho de sol. Celulares, bebidas alcoólicas e visitas fora do horário permanecem proibidos.

A entrada de dinheiro vivo também é tolerada, até o limite de 30% do salário mínimo, algo vetado na Papuda convencional, onde tudo deve ser lacrado e acondicionado em embalagens transparentes.

As celas da Papudinha contam com vaso sanitário convencional, chuveiro quente e utensílios domésticos básicos. Em outras áreas do complexo, o sanitário costuma ser o “boi”, um buraco no chão. A estrutura foi inspecionada pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, já que houve a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro ser enviado ao local.

Segundo relatos, a Papudinha é composta por quatro celas instaladas sob um galpão. Três delas têm capacidade para até seis camas, enquanto a quarta funciona como cela individual de triagem.

  • Google Discover Icon
VP
postado em 26/11/2025 09:33 / atualizado em 26/11/2025 09:37
x