
O corpo de Maria de Lourdes Freire Matos, 25 anos, foi liberado aos familiares após passar pelo exame de delito no Instituto Médico Legal (IML). Agora, a família poderá providenciar o sepultamento da jovem.
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A militar foi vítima de feminicídio, atingida por duas facadas letais no pescoço e sofreu uma lesão na barriga compatível com um soco ou ajoelhada. O local do crime, o 1º Regimento de Cavalaria de Guarda (RCG), foi incendiado pelo autor, Kelvin Barros da Silva, na última sexta-feira (5/12).
Após o crime, o soldado fugiu em direção ao Paranoá, onde morava, e foi capturado pouco tempo depois por agentes da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), responsável pelo caso. Desde então, está detido no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília.
Após ser preso, Kelvin negou o crime e, em seguida, confessou. De acordo com o delegado-chefe da 2ª DP, Paulo Noritika, ele apresentou cinco versões contraditórias.
Primeiro, negou qualquer envolvimento. Depois, falou em suposta intimidade sexual com Maria. Em seguida, disse que ela teria tido um surto psicótico. Na versão seguinte, alegou assédio. Por fim, declarou que a faca usada no feminicídio era sua.
À reportagem, a família da vítima negou qualquer relação entre os dois e acredita que o cargo ocupado pela jovem na Fanfarra do 1º RCG possa ter motivado o crime.
Há dois inquéritos em andamento, um na Polícia Civil do DF e outro na Justiça Militar da União (JMU). Em ambos, Kelvin responde por feminicídio, incêndio, furto e fraude processual. Na Justiça Militar, o caso foi distribuído para a juíza federal Flávia Ximenes Aguiar de Sousa.

Cidades DF
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