
Ana Beatriz Nogueira abriu o coração em entrevista ao jornal O Globo e falou sobre os desafios de conviver com a esclerose múltipla há 16 anos, além de relembrar o susto que levou ao ser diagnosticada com um câncer maligno no pulmão, em 2021.
A atriz, que recentemente participou da novela "Mania de Você", da TV Globo, também comentou sobre a difícil batalha para parar de fumar. “Dou uma escorregadinha”, confessou.
Segundo a artista, o diagnóstico do câncer foi feito precocemente graças à sua rotina de exames.
“Peguei pneumonia bacteriana no hospital… Saí e fui fazer a novela do João Emanuel Carneiro [Todas as Flores]. Era uma personagem que morria logo num incêndio. Mas queria fazer e fui cheia de cortisona mesmo, mas eu peguei o câncer cedo por causa de fazer exame sempre”, contou.
Ana Beatriz também falou com franqueza sobre as dificuldades de abandonar o vício. “Parei… Pera, não consigo mentir… É difícil, tenho recaídas. Parei tudo, não bebo, não faço nada. Mas poxa, às vezes aquele cigarro é prazeroso, não o da compulsão”, desabafou.
A atriz também compartilhou os momentos em que sentiu medo da morte, especialmente ao receber os diagnósticos de esclerose múltipla e do câncer. “Não era nem a morte. Era não poder exercer a minha profissão. Me parecia o fim do mundo mesmo. Era o medo do caminho”, refletiu.
Com bom humor, ela ainda brincou sobre como imagina o próprio fim.
“Não penso em morte, essa é uma certeza. Inclusive, tenho a impressão que devo morrer de tijolada, um reboco que cai de um prédio… Acho mais fácil, porque o resto”, disse, rindo. “Quem tem alguma coisa, se trata e se observa muito. Quem não tem nada, não se trata e não se observa. Quando vai ver, já não dá mais tempo”, acrescentou.
Ao falar sobre a esclerose múltipla, Ana destacou que seu diagnóstico foi fora do padrão.
“São muito mais mulheres que têm do que homens, e normalmente é diagnosticada em mulheres muito jovens. Meu caso já foi atípico, porque foi aos 42. A gente sacou por causa de uma coisa na vista”, revelou, ao explicar que passou a enxergar em duplicidade. “É cognitivo, visão, audição, movimento, equilíbrio. Achei [que era o fim], era tudo muito assustador. Mas nesses 16 anos, já fiz 14 novelas”, completou.
Mariana Morais
Mariana Morais
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