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Cláudia Raia relata secura e desconforto na região íntima na menopausa; médica explica sintomas

A médica Isabel Martinez fala sobre a Síndrome Geniturinária da Menopausa

Cláudia Raia relata secura e desconforto na região íntima na menopausa; médica explica sintomas -  (crédito: Reprodução/Instagram)
Cláudia Raia relata secura e desconforto na região íntima na menopausa; médica explica sintomas - (crédito: Reprodução/Instagram)

Em recente entrevista, Cláudia Raia, de 58 anos, abriu o jogo sobre a chegada na menopausa. A atriz afirmou que o desejo sexual permanece intacto, mas sabe que muitas mulheres, de fato, acabam perdendo a vontade de ter relações sexuais nesta fase da vida. Ela falou também sobre os desconfortos na região vaginal no período.

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"O [meu] desejo sexual permanece e é bom. Esse é um dos sintomas avassaladores [a perda de libido]. Secura vaginal, desconforto vaginal no ato sexual, são muitas variantes, muitos incômodos ao mesmo tempo e a falta de libido, então por que você vai se machucar com um negócio que você nem está sentindo vontade de fazer?", declarou a atriz no programa Goucha, exibido em Portugal.

Com a chegada da menopausa, o corpo feminino passa por transformações silenciosas que vão muito além do fim do ciclo menstrual. A queda dos hormônios afeta a pele, o cabelo, o metabolismo e, principalmente, a região íntima. A médica Isabel Martinez, fundadora da Climex Academy e criadora do conceito Climex®, explica o que acontece e como o cuidado preventivo pode evitar desconfortos e preservar a vida sexual e emocional das mulheres.

"A menopausa marca uma redução natural dos hormônios femininos — principalmente o estrogênio —, e isso altera diretamente o tecido da vulva, da vagina, da uretra e da bexiga.Essas estruturas ficam mais finas, com menos colágeno, menos irrigação sanguínea e menor lubrificação natural. O pH também se eleva, o que desequilibra a flora íntima e facilita irritações e infecções. Essas transformações fazem parte do que chamamos de Síndrome Geniturinária da Menopausa, que reúne sintomas como secura, ardor, dor nas relações, ardência ao urinar e infecções urinárias de repetição. É uma condição muito comum, mas ainda pouco falada", esclarece.

Isabel Martinez afirma que a Síndrome Geniturinária é extremamente frequente. "Estudos mostram que mais da metade das mulheres pós-menopausa apresentam algum sintoma da síndrome geniturinária.O que acontece é que muitas não procuram ajuda — seja por vergonha ou por acreditarem que “faz parte da idade”. Mas não é normal sentir dor, irritação ou desconforto. Esses sinais mostram que o tecido íntimo está pedindo cuidado".

Segundo a médica, essa mudanças podem afastar casais. "A região íntima é parte essencial da autoestima e da conexão entre o casal.Quando há dor, ardência ou desconforto durante o contato sexual, é natural que a mulher evite o ato. Com o tempo, isso pode gerar afastamento emocional e até incompreensão do parceiro.Diversos estudos já relacionam o aumento dos divórcios entre os 45 e 60 anos a esse tipo de dificuldade silenciosa. Por isso, é fundamental que o casal encare o tema com empatia e naturalidade. Cuidar da saúde íntima é, também, cuidar da vida a dois".

Isabel Martinez destaca que o tratamento depende do grau dos sintomas. "Em muitos casos, o uso de hidratantes e lubrificantes vaginais já traz alívio e melhora significativa.Quando há maior comprometimento, o médico pode indicar terapia local com estrogênio, que repõe o hormônio apenas na mucosa vaginal, com segurança e bons resultados.Além disso, há recursos tecnológicos que ajudam a regenerar o tecido, como o laser íntimo e o campo magnético, que estimulam a irrigação e a firmeza dos tecidos.Essas terapias devolvem conforto, autoestima e prazer, mas o ideal é não esperar os sintomas aparecerem".

”. Mas é possível prevenir antes dos sintomas surgirem, revela Martinez. O conceito Climex ® defende que a mulher deve liderar o próprio corpo com consciência biológica.Se sabemos que a maioria das mulheres vai passar por essas alterações, por que esperar?

"Quanto mais cedo cuidamos, mais eficazes são os resultados e mais vital o tecido permanece. Foi com essa visão que criamos o Projeto SensiMax®, dentro do ecossistema Climex®.Trata-se de um programa de prevenção íntima que combina avaliação médica personalizada, protocolos de laser, campo magnético e bioestimulação celular. O objetivo é manter o tecido saudável, vascularizado e funcional, mesmo antes das queixas surgirem. Prevenir é preservar a naturalidade do corpo e retardar as mudanças que o tempo traria.Como costumo dizer, o segredo é cuidar antes de sentir".

A médica aponta que mulher pode adotar hábitos simples que fazem grande diferença: Ela listou práticas ajudam a manter a saúde íntima nessa fase:

- Manter uma boa hidratação e alimentação equilibrada;
- Usar hidratantes íntimos de forma regular;
- Fortalecer o assoalho pélvico com exercícios orientados;
- Evitar produtos de higiene agressivos e roupas muito justas;

"Cuidar da região íntima é um gesto de saúde e de amor-próprio", completa. Isabel diz que a menopausa faz parte da vida e que nenhuma mulher deve ter vergonha de falar sobre o assunto.

"Falar sobre a menopausa e sobre o corpo não é perda de pudor — é ganho de consciência.Quando uma mulher entende o que está acontecendo e age com prevenção, ela não apenas melhora a saúde, mas também preserva vínculos, confiança e vitalidade. A menopausa não é o fim de nada. É o início de uma nova fase — mais lúcida, mais madura e, se houver cuidado, plenamente viva", conclui.

 

 

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MM
postado em 04/11/2025 09:41
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