Orquestra de 20 músicos, coro de 12 vozes e cinco cantores solistas, todos parte de uma equipe de mais de 50 pessoas, exibem a magnitude do espetáculo pensado para representar a força de uma pessoa “resiliente”. É com essa ambição que a ópera Marielle, do maestro Jorge Antunes, estreia nesta sexta-feira (25/7), às 19h, no Teatro Sesc Newton Rossi, em Ceilândia. Três sessões, no sábado (26/7), também às 19h, e no domingo (27/7), às 15h30 e às 19h, encerram a temporada do espetáculo no dia em que a ex-vereadora completaria 46 anos.
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Tanto o libreto, parte escrita, quanto a partitura da ópera são assinados por Jorge Antunes. O trabalho é resultado de pesquisa, iniciada em 2022, que levantou feitos, discursos e a relação de Marielle com a música. “Ela era multifacetada, uma mulher do povo, formada em sociologia, defensora do direito de todos. A ópera, no que concerne a parte musical, transmite esse belo perfil resiliente”, indica Antunes.
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A obra começa com uma abertura orquestral, seguida de quatro atos, que se situam em diferentes momentos da vida da homenageada, como a infância na favela da Maré, o casamento e atos políticos marcantes. Para representar essa multiplicidade, a ópera agrega linguagens artísticas que mesclam erudito e popular. “Estão presentes as melodias tonal e atonal, o som orquestral, o coro misto, a fala teatral, o canto lírico, dançarinos de street-dance, o cantado-falado, a mímica, o eletrônico e o funk”, detalha o regente.
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Uma das vozes que interpretam Marielle Franco é a da cantora lírica Aida Kellen, mulher preta que cresceu na periferia de Brasília e se sente honrada pelo papel “de uma mulher tão potente que ainda ecoa e reverbera em tantas mulheres”. Para ela, a ópera vai invocar diversos sentimentos, mas a “maior mensagem é a esperança”. A cidade em que a ópera é exibida, Ceilândia, também carrega o simbolismo de promover acesso à cultura em todos os lugares, pelo qual Marielle Franco também lutou.
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O maestro Jorge Antunes é conhecido por trabalhos políticos, como Sinfonia das Diretas, de 1984, e pelas experimentações (ele inseriu a música eletroacústica em peças orquestrais). Na ópera Marielle, garante Antunes, o aspecto pioneiro aparece outra vez ao juntar funk ao clássico. “É um diferencial importante trazer a música erudita com essa vertente da nova música popular brasileira, que vem mostrando a garra e a criatividade artística das periferias e das quebradas”, aponta.
Serviço
Marielle
Ópera de Jorge Antunes. Nesta sexta (25/7) e no sábado (26/7), às 19h, e no domingo (27/7), às 15h30 e às 19h, no Teatro Sesc Newton Rossi (Ceilândia).
*Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel
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