Teatro

Grupo mineiro traz ao CCBB peça que propõe desaceleração do tempo

'Velocidade', da companhia Quatroloscinco, fica em cartaz entre 30 de outubro e 16 de novembro, com sessões de quinta a domingo

Escrito por Assis Benevenuto e Marcos Coletta, e dirigido pelo cineasta Ricardo
Alves Jr. em parceria com Ítalo Laureano, a montagem reúne no palco cinco atores
– Rejane Faria/Marina Viana, Michele Bernardino, Ítalo Laureano, Marcos Coletta e
Assis Benevenuto -  (crédito:  Igor Cerqueira)
Escrito por Assis Benevenuto e Marcos Coletta, e dirigido pelo cineasta Ricardo Alves Jr. em parceria com Ítalo Laureano, a montagem reúne no palco cinco atores – Rejane Faria/Marina Viana, Michele Bernardino, Ítalo Laureano, Marcos Coletta e Assis Benevenuto - (crédito: Igor Cerqueira)

Em resposta à rapidez e ao imediatismo cotidianos, o espetáculo Velocidade, que estreia nesta quinta-feira (30/10), às 20h, surge como “espécie de meditação”. A peça permanece em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) até 16 de novembro. Ingressos custam R$ 15 (meia).

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O espetáculo, do grupo mineiro Quatroloscinco, começa com um áudio de seis minutos que narra um sonho. A partir disso, narrativa não-linear conduz o público por histórias divididas em capítulos. “São saltos no tempo e espaço que compõem um todo, maior, que reflete a grandeza da vida, do mundo, das pessoas, da diversidade”, diz o ator e dramaturgo Assis Benevenuto.

A opção de estruturar a peça como um livro é outro recurso utilizado para refletir a respeito da passagem do tempo. “O teatro é um lugar da oralidade. Esse simbolismo do livro relacionado ao teatro nos remete a algo mais analógico ainda, de estarmos reunidos para contar e ouvir estórias”, completa Benevenuto. 

Uma das referências para a construção do espetáculo foi o ensaio Notas sobre os doentes de velocidade, da escritora mexicana Vivian Abenshushan. “Ela cita a arte e a literatura como máquinas capazes de desacelerar o tempo. É a mesma provocação poética que fazemos”, explica o diretor da peça, Ítalo Laureano. 

Sem interpretação naturalista clássica, as encenações de Velocidade buscam criar imagens, estados psíquicos e afetos, não personagens. “Tem um pouco da poética brechtiana, de distanciamento e também de coralidade, quase tudo é feito em composições coletivas”, comenta o ator Marcos Coletta. “Nesse embate, lançamos questionamentos sobre como estamos lidando com nossas subjetividades diante da virtualização das relações”, pontua Laureano.


Serviço


Peça Velocidade (Quatroloscinco), no CCBB, de quinta-feira (30/10) a 16 de novembro. Sessões de quinta a sábado, às 20h, e aos domingos, às 18h30. Ingressos custam R$ 15 (meia). Classificação 14 anos.

*Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel

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JP
postado em 27/10/2025 14:31 / atualizado em 27/10/2025 14:32
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