Protagonista do filme brasileiro cotado ao Oscar O Agente Secreto, Wagner Moura marcou presença na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo para comentar sobre a obra de Kleber Mendonça Filho. Na ocasião, o ator aproveitou para criticar como a indústria cinematográfica aborda cenas de sexo.
"Sabe o que eu gosto? Eu gosto de ver gente querendo viver, querendo estar vivo. A gente tem vontade de viver. Adoro ver gente dançando. E gosto de ver gente transando também, quando a cena é bem filmada, bem bonita, porque é a pulsão de vida", comentou Moura ao portal Splash UOL.
Mendonça Filho, por sua vez, concordou com a opinião do colega: “O cinema está muito pudico, está muito puritano… muito careta. E quando eu falo isso, não estou querendo 24 horas de sexo explícito não, só estou querendo que o cinema volte a mostrar pessoas tendo interações saudáveis, divertidas e consensuais.”
O público mais jovem, no entanto, não concorda com os artistas. A geração Z não demonstra interesse em cenas de sexo em filmes e séries, segundo o estudo Teens & Screens 2025. Diferentemente do que a indústria costuma presumir, esses temas não são a prioridade desse público: a maioria prefere ver histórias sobre amizade e conexões platônicas.
Quase metade dos entrevistados afirmou que o romance é usado em excesso na mídia (44,3%) e que o sexo é muitas vezes desnecessário nos enredos (47,5%). Mais da metade (51,5%) quer ver histórias que explorem laços de amizade, e 39% desejam personagens arromânticos ou assexuais (ace/aro) em papéis centrais.
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