
O mês de novembro promete grandes estreias na Netflix, com destaque para Frankenstein, o aguardado longa do vencedor do Oscar Guillermo del Toro, em cartaz desde 7 de novembro. A produção revisita o clássico literário de Mary Shelley e apresenta uma nova e emocionante visão sobre a relação entre criador e criatura, com um olhar profundamente humano sobre o que significa existir.
Estrelado por Oscar Isaac, Jacob Elordi e Mia Goth, o filme foi indicado ao Leão de Ouro na 82ª edição do Festival de Veneza. Del Toro assina uma versão que combina o terror gótico e a poesia visual que marcam sua filmografia, e mostra habilidade única em transformar monstros em espelhos da alma humana.
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Na trama, Victor Frankenstein (Oscar Isaac), um cientista brilhante e perturbado desafia os limites da vida e da morte ao criar uma nova forma de existência. O experimento dá origem à Criatura (Jacob Elordi), um ser que desperta tanto empatia quanto horror. Entre os campos de batalha da Europa do século 19 e os confins gelados do Ártico, criador e criação embarcam em uma jornada de dor, redenção e autoconhecimento. Mia Goth interpreta Elizabeth, o amor e a consciência de Victor, e Christoph Waltz, vencedor de dois Oscars, completa o elenco.
Uma experiência visual arrebatadora
A fotografia é assinada por Dan Laustsen, colaborador frequente de del Toro e indicado duas vezes ao Oscar, aposta em lentes de grande formato e filtros de difusão para criar uma atmosfera ao mesmo tempo sombria e romântica. A paleta de cores transita entre azuis frios e âmbares quentes, com contrastes de luz e sombra que acentuam o caráter trágico e emocional da história.
“É possível conseguir pontos escuros profundos, mas ainda com um certo brilho das luzes altas. Fica bonito e natural”, explica Laustsen em entrevista divulgada.
A direção de arte, de Tamara Deverell, impressiona pela grandiosidade. O laboratório de Frankenstein foi construído dentro de um castelo d’água abandonado, com chão de mármore, escadarias metálicas e uma imensa janela circular símbolo do ciclo da vida e da criação. A produção ainda reconstitui cenários da Edimburgo do século 19, o navio baleeiro Horisont e as mansões aristocráticas britânicas, filmadas em locações históricas como a Gosford House e a Wilton House esta última também utilizada por Stanley Kubrick em Barry Lyndon.
Montagem precisa e elenco de peso
Na edição, del Toro trabalhou lado a lado com Evan Schiff, com quem já colaborara em O labirinto do fauno. O diretor chegana ao set antes de todos para revisar os cortes do dia anterior e ajustar o ritmo da narrativa. “Del Toro mente, trai e rouba na edição como ninguém”, brinca Schiff, elogiando a precisão e a sensibilidade do cineasta.
O elenco, montado pela experiente diretora de casting Robin D. Cook, reúne nomes que refletem a alquimia criativa de del Toro. “Oscar Isaac é fantástico, e Jacob Elordi traz uma leveza ardente à Criatura”, diz Cook. “Guillermo sabe exatamente o que quer ele busca rostos que carreguem emoção, não apenas beleza.”
Além de Frankenstein, o mês traz outras estreias marcantes:
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O filho de mil homens, de Daniel Rezende, chega à plataforma em 19 de novembro, com Rodrigo Santoro no papel principal. A primeira adaptação da obra de Valter Hugo Mãe promete emocionar com abordagem poética sobre paternidade e pertencimento.
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Em 21 de novembro, estreia Sonhos de trem, drama dirigido por Clint Bentley e estrelado por William H. Macy e Kerry Condon, que retrata a solidão e a beleza da vida durante a industrialização americana do século 20.
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E para fechar o mês, A garota canhota, dirigido por Shih-Ching Tsou e produzido por Sean Baker, estreia em 28 de novembro. Ambientado em Taipé, o longa explora os segredos e as feridas de uma família marcada pelo passado.

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