TRUE CRIME

Caso Eloá Pimentel resultou na prisão do pai da jovem em Alagoas

Durante a cobertura do sequestro que comoveu o país, a polícia identificou o pai de Eloá, Everaldo Pereira dos Santos, foragido sob nome falso e condenado por participação em um grupo de extermínio

Enquanto o país acompanhava o desfecho trágico do caso Eloá, o pai da adolescente era reconhecido e preso após anos vivendo em fuga -  (crédito: Reprodução/Internet)
Enquanto o país acompanhava o desfecho trágico do caso Eloá, o pai da adolescente era reconhecido e preso após anos vivendo em fuga - (crédito: Reprodução/Internet)

Na produção Tremembé, inspirada nos livros de Ullisses Campbell, o caso de Lindemberg Fernandes Alves aparece apenas como uma menção. No entanto, as obras que serviram de base para a série revelam um bastidor ignorado pela ficção: o medo que acompanha o assassino de Eloá Pimentel desde o dia em que chegou à penitenciária onde cumpre pena.

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O assassinato de Eloá

Em outubro de 2008, o Brasil acompanhou com horror o sequestro de Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, em Santo André (SP). Lindemberg, então com 22 anos, invadiu o apartamento da ex-namorada e a manteve em cárcere privado por mais de 100 horas, ao lado da amiga Nayara. Após a invasão da polícia, Lindemberg atirou contra as duas jovens. Nayara sobreviveu, mas Eloá não resistiu aos ferimentos.

Condenado inicialmente a 98 anos e 10 meses de prisão — pena posteriormente reduzida para 39 anos e três meses —, Lindemberg foi transferido para a Penitenciária de Tremembé, onde cumpre sua sentença até hoje.

Passado criminal

A comoção nacional em torno do crime trouxe à tona outro enredo dramático: o passado de Everaldo Pereira dos Santos, pai de Eloá. Procurado pela Justiça e vivendo sob o nome falso Aldo José da Silva, ele foi reconhecido por policiais durante a cobertura do caso, após ser filmado passando mal e atendido em uma ambulância. Um sinal no rosto ajudou a confirmar sua identidade.

Everaldo havia sido condenado por envolvimento com o grupo de extermínio Gangue Fardada e pela morte do delegado Ricardo Lessa e de seu motorista, em 1991. Preso em 2009, cumpriu pena em regime fechado até 2014, quando passou ao semiaberto. Em entrevista ao g1 em 2023, seu advogado, Thiago Pinheiro, afirmou que o ex-matador vive atualmente em São Paulo, “tranquilo, com a família, aguardando o direito de liberdade plena”.

Medo perene

De acordo com Campbell, o nome de Everaldo ainda provoca medo em Lindemberg. O autor descreve que o condenado vive com a sensação de estar sendo vigiado: "Ele acredita que seus algozes estão sempre à espreita, circulando pelos arredores de Tremembé, prontos para cumprir um plano de vingança"

Mesmo nas saídas temporárias, Lindemberg evita ser reconhecido. Disfarça-se, muda a aparência e escolhe rotas alternativas, temendo que o ex-sogro deseje vingança pela morte da filha. 

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postado em 12/11/2025 12:17 / atualizado em 12/11/2025 12:24
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