
O cantor e compositor Paulinho da Viola apresenta a turnê Quando o samba chama nesta terça-feira (9/12), na segunda edição do Projeto Brasília Museu Aberto — Edição Brasilidades, no Museu da República. Com show marcado para 19h30, o sambista deve passear pelas seis décadas de repertório, misturando clássicos como Foi um rio que passou em minha vida, Argumento e Pecado capital com faixas do último disco de inéditas — Bebadosamba, lançado em 1996 e encabeçado pela composição que dá nome à apresentação. A entrada é gratuita.
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Aos 83 anos de idade, Paulinho da Viola afirma: “Tenho me apresentado em todos os lugares e tenho sido muito bem recebido pelas pessoas que vão assistir ao meu show”. “Quando chego no palco, às vezes me sinto até um pouco cansado, mas é algo que passa logo”, garante o carioca. “Sempre existe uma certa tensão, apreensão, antes de subir nos palcos, pode perguntar para qualquer artista. Mas, depois da apresentação, eu me sinto revigorado, muito melhor do que antes”, revela o compositor.
Sempre na estrada, Paulinho, no entanto, não lança um álbum de inéditas há quase duas décadas. “Eu tenho feito música, sim, até com parceiros, mas ainda não estou pensando em gravá-las. Tudo mudou — a forma de gravação, de divulgação. Ainda não estou pensando em lançar nada, apesar de ter músicas o suficiente para isso e um trabalho que poderia ser mostrado agora. Mas pretendo fazer isso em breve”, promete.
Presença constante nos palcos da cidade, a história entre o sambista e Brasília começa ainda na década de 1970. “Eu fui convidado a participar da fundação do Clube do Choro ao lado de outros artistas. Eu me recordo que o próprio Waldir Azevedo estava na plateia”, lembra Paulinho em relação ao mestre do cavaquinho e autor de Brasileirinho. “O público exigiu que ele subisse ao palco também. Foi uma celebração incrível”, diz.
“Durante um tempo, eu estive muito ligado à música da capital e convivi com muitas pessoas que eram daqui, como o próprio Reco do Bandolim e o professor Avena de Castro, com sua maravilhosa cítara. Tive a honra de conviver com ele”, enaltece Paulinho.
Passados quase 50 anos da associação brasiliense voltada ao gênero musical, o carioca celebra o reconhecimento conquistado pelo estilo. “Atualmente, para a minha felicidade, reconheço que o choro não se dá só aqui no Brasil, ele está no mundo. Vejo muitos países que formam grupos de choro, e isso é extremamente gratificante”, finaliza.
Serviço
Paulinho da Viola apresenta Quando o samba chama
Nesta terça-feira (9/12), às 19h30, no Museu da República
Entrada gratuita

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