
A viola caipira de Almir Sater será trilha sonora do fim de semana dos brasilienses. O cantor, compositor, ator e instrumentista chega ao Ulysses Centro de Convenções neste sábado (13/12), às 21h, com a turnê Viola de Ouro in Concert 2025. Ícone da música brasileira, ele apresenta sucessos que marcaram gerações, como Tocando em frente e Trem do Pantanal, além de músicas de projetos recentes, como AR e AR, gravados em parceria com Renato Teixeira.
"Tenho viajado muito para fazer shows", conta Almir Sater ao Correio. "E tenho encontrado grandes violeiros na estrada. Jovens tocando viola muito bem, ponteando bem, com várias influências. Vejo a escola do Tião Carreiro (precursor do pagode de viola) muito forte, com aqueles ponteiros de pagode. Quando a gente vê esses grandes instrumentistas, é sinal de que a música está viva", afirma o compositor.
Nascido em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Sater se considera resultado de uma variação de inspirações artísticas. "Venho de uma cidade muito rica musicalmente, não só pela influência paraguaia, mas também pela rota que vem lá dos Andes, que passava por Campo Grande até o Rio de Janeiro, praticamente o novo caminho do Peabiru", detalha o cantor.
"Conheci grandes músicos que vieram nessa rota e tocavam nas praças de Campo Grande para poder conseguir algum recurso para continuar a viagem. Então nós temos muita influência da música ao vivo paraguaia. O som ao vivo sempre teve muita presença na noite de Campo Grande", relata o instrumentista.
Ainda em relação à identidade cultural do Centro-Oeste, Brasília é vista por Almir Sater como um lugar que reúne toda a cultura do Brasil. "A gente se apresenta na cidade e parece que está tocando para um Brasil só. Ela não é só a capital do rock — eu vejo muita folia de reis, por exemplo. A gente vê vários sotaques, muita influência do Goiás. É o coração do país", declara o cantor.

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