
Em meio à possibilidade de um bloqueio no Estreito de Ormuz — por onde passa cerca de 30% de todo o petróleo mundial —, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) posicionou-se, nesta segunda-feira (26/6), favorável à ampliação de investimentos em refino no Brasil.
Mesmo sendo o oitavo maior produtor de petróleo bruto, o país ainda precisa importar cerca de 10% da gasolina e até 25% do diesel que consome internamente, como destaca a entidade sindical.
“Essa dependência reflete a necessidade urgente de ampliação da capacidade de refino do país, por meio do aumento de investimentos e retomada das refinarias privatizadas no governo passado, que foram desviadas de suas funções essenciais de produzir derivados de petróleo para o abastecimento doméstico”, sustenta, em nota, a FUP.
No último domingo (22), o parlamento iraniano aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz, de acordo com informações da mídia local. Mesmo com a aprovação, a medida ainda deve passar pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei, para entrar em vigor. A rota, localizada no Golfo Pérsico, que divide o Irã da Península Arábica, é uma das principais vias de acesso do petróleo no mundo.
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Na nota, a FUP ainda repudia os ataques de Israel e Estados Unidos ao Irã — apesar de não citar a contraofensiva da república islâmica — e expressa “grave preocupação com a escalada da guerra” na região. “No Brasil, aumentam no curto prazo os riscos de inflação, decorrentes da alta dos preços internacionais do petróleo e da conjuntura de instabilidade mundial”, destacou, ainda, a entidade.