TARIFAÇO

Haddad defende ver tarifaço ‘com otimismo’ em reunião do Conselhão

Em discurso, o ministro da Fazenda garantiu que o governo vai auxiliar os setores exportadores mais afetados pela sobretaxa de 50% que entra em vigor amanhã (6/8)

Fernando Haddad falou durante a reunião do Conselhão e defendeu otimismo diante da 'situação geopolítica atual' -  (crédito: Reprodução Youtube )
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Fernando Haddad falou durante a reunião do Conselhão e defendeu otimismo diante da 'situação geopolítica atual' - (crédito: Reprodução Youtube )

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta terça-feira (5/8) que é preciso olhar para a situação geopolítica atual “com otimismo”, ao comentar sobre a sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que entra em vigor amanhã (6).

Haddad garantiu que o governo federal vai auxiliar os setores mais afetados, como o da fruticultura, e voltou a defender que a sanção econômica dos Estados Unidos é uma agressão injusta, que não condiz com a relação entre os dois países.

“Em meio a essa situação geopolítica que nós estamos vivendo, nós temos que olhar para tudo isso com otimismo. Até porque, sem otimismo, eu não aconselho ninguém a assumir o Ministério da Fazenda do Brasil”, brincou Haddad durante discurso na abertura da 5ª Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o “Conselhão”.

O titular da Fazenda argumentou que as exportações para os EUA já formaram 25% do total das exportações brasileiras, mas hoje são apenas 12% graças às aberturas de mercado iniciadas ainda nos mandatos anteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Haddad garante ajuda a exportadores


Haddad disse ainda que, dos 12%, um terço será afetado pelo tarifaço, ou 4% do total. Desses, metade é formada por commodities, que podem encontrar outros mercados. Ele garantiu ainda que o governo vai auxiliar os exportadores mais afetados.

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“Estamos atentos, porque não é porque 2%, 1,5% das exportações serão afetadas que nós vamos baixar a guarda. Sabemos que há nesses 1,5% setores muito vulneráveis, que geram muitos empregos, como é o caso da fruticultura, setores que exigem da nossa parte uma atenção especial que vai ser dada”, declarou Haddad.

“O presidente dispõe dos instrumentos necessários, que vão ser utilizados para socorrer essas famílias prejudicadas com uma agressão que já foi chamada de injusta, indevida e incondizente com os 200 anos de relação fraterna que nós temos com o povo dos EUA”, frisou ainda.

A solenidade ocorreu no Palácio do Itamaraty, com a presença também de outros ministros do governo, como Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Camilo Santana (Educação).

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postado em 05/08/2025 13:05 / atualizado em 05/08/2025 13:05