
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira (6/8) que o Brasil vive uma oportunidade estratégica para fortalecer a indústria da saúde, ampliar sua autonomia produtiva e liderar um novo ciclo de desenvolvimento com inovação tecnológica e geração de empregos.
A declaração foi feita durante o Fórum Saúde 2025, promovido pela Esfera Brasil e pela farmacêutica EMS, em Brasília, com a presença de autoridades dos três Poderes, empresários e especialistas da área. O evento teve como objetivo construir uma estratégia nacional para ampliar o acesso à saúde e fortalecer o Complexo Econômico e Industrial da Saúde, especialmente diante dos recentes abalos nas cadeias globais e das tensões comerciais internacionais.
Alckmin também anunciou um pacote robusto de incentivos à inovação, que inclui recursos adicionais para financiamento via Financiadora de Estudos e Projeto (Finep). “O único caso que você tem em PR é para a inovação, pesquisa, desenvolvimento e inovação. E foi agregado agora mais 21 bilhões para a Finep. Então, vai ter mais 21 bilhões de financiamento, 80 mais 21 são 101 bilhões de financiamento”, declarou o vice-presidente, destacando o esforço do governo para modernizar o parque industrial brasileiro.
Ele também falou sobre o crédito mais acessível à indústria, como o lançamento da Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD) e a depreciação acelerada de máquinas e equipamentos, que pode reduzir o custo de renovação em até 8%. “Pode tornar a máquina 8% mais barata, estimulando a renovação do parque industrial brasileiro, sua modernização e melhora de produtividade”.
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Entre os principais avanços, Alckmin destacou o papel da Câmara dos Deputados na criação de incentivos e mencionou a meta de elevar a produção nacional de insumos estratégicos. “Chegamos com enorme empenho a 47% da nossa necessidade. A meta é terminar o ano que vem com 50%. E em 2033, 70%. Só importamos 30%. Ou seja, melhorar a resolutividade da gente produzir mais no país.”, explicou.
O ministro também defendeu o Sistema Único de Saúde (SUS) como modelo internacional de acesso universal e destacou a importância da regulação judicial para conter excessos e preservar o equilíbrio orçamentário do sistema. “O SUS é um exemplo para o mundo. […] Universalidade, integralidade e integridade — é igual para todos”, disse. Ele elogiou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial do ministro Gilmar Mendes, na definição de normas para a judicialização da saúde. “A ação do Poder Judiciário, estabelecendo normas que evitem excessos e estabeleçam regras mais seguras na questão da judicialização, traz um enorme benefício para a população”, finalizou.
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