3º BRASÍLIA SUMMIT

Deputada cobra investimento em 'inteligência humana' para o Brasil no mapa da IA

Luísa Canziani (PSD-PR) defende bases institucionais, tecnológicas e educacionais para alavancar o setor, mas alerta para os 12 milhões de lares sem internet e a urgente proteção dos dados e da moral dos cidadãos

A deputada federal Luísa Canziani (PSD-PR) — titular da Comissão Especial sobre Inteligência Artificial (IA) —  trouxe à tona o debate sobre o futuro da IA no Brasil, defendendo que o seu desenvolvimento se assenta em três pilares fundamentais: inteligência institucional, infraestrutura inteligente e inteligência humana. Ela participou nesta terça-feira (30/9) do 3º Brasília Summit: Inovação, tecnologia e data centers, evento realizado pelo Lide e pelo Correio.

Em sua reflexão, a parlamentar destacou que a regulamentação da IA é um desafio “extremamente sensível” devido à natureza de propósito geral e constante transformação da tecnologia. O objetivo da comissão na Câmara é criar um ambiente legislativo que estimule a inovação e a atração de investimentos internacionais, mas que, acima de tudo, proteja a integridade física e moral dos cidadãos.

“Esse é o nosso objetivo, fazer com que o nosso país esteja no mapa da Inteligência Artificial, estimulando a inovação, mas protegendo aquilo que é mais caro para todos nós: nossos cidadãos, zelando pela integridade física e moral de todos os brasileiros”, destacou a parlamentar.

No quesito de infraestrutura inteligente, a deputada pontuou que falar de IA exige o debate sobre conectividade. Ela alertou que o país enfrenta um “desafio do passado”, citando um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) que indica que 12 milhões de lares brasileiros estão sem internet e mais da metade da população vive em situação de baixa conectividade significativa.

Segundo a parlamentar, a inteligência humana é crucial, pois a IA é “sobretudo falar de gente”. Ela defendeu a necessidade urgente de preparar as futuras gerações com competências e habilidades socioemocionais para evitar que o Brasil permaneça restrito ao papel de consumidor de tecnologia, alertando para a competição internacional por talentos, em que empresas estrangeiras oferecem salários muito superiores aos pagos no Brasil.

“Mais do que nunca, nós precisaremos preparar as futuras gerações para competências e habilidades socioemocionais, competências e habilidades que as máquinas e que os robôs não conseguem dar conta, fortalecendo cada vez mais o letramento digital, fortalecendo cada vez mais o ensino profissional e tecnológico para que possamos garantir que os talentos e os cérebros brasileiros estejam aqui”, enfatizou Canziani.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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