SAÚDE

Rebeca Andrade deixa provas de solo para preservar saúde física e mental

Com seis medalhas olímpicas, ginasta anuncia que seguirá em outros aparelhos, mirando os mundiais e a vaga para as Olimpíadas de 2028

Ginasta com seis medalhas olímpicas foca nos mundiais e na vaga para Los Angeles 2028 -  (crédito:  AFP)
Ginasta com seis medalhas olímpicas foca nos mundiais e na vaga para Los Angeles 2028 - (crédito: AFP)

Durante palestra na Rio Innovation Week nesta terça-feira (12/8), a ginasta Rebeca Andrade confirmou sua ausência em competições de provas de solo. Dona de seis medalhas olímpicas, a paulista de 26 anos afirmou que a decisão foi resultado de dores e da necessidade da preservação de sua saúde após cirurgias realizadas no joelho. 

"O solo é o aparelho que mais causa impacto. Eu sou uma atleta de 26 anos, com histórico de cinco cirurgias no joelho. Quando a gente entende nossos limites, é muito importante respeitá-los", declarou. "Sei que vocês amam quando faço solo, mas ainda posso mostrar muito nos outros aparelhos."

Embora pretenda competir no Mundial de Ginástica Artística deste ano, marcado para outubro, em Jacarta (Indonésia), Rebeca explicou que está focada na preparação dos mundiais de 2026 e 2027 — principalmente o último, que vale uma vaga nas Olimpíadas de 2028, em Los Angeles (EUA). 

"Este ano, estou cuidando mais da minha saúde física e mental, não estou treinando tão forte", destacou a atleta. "Isso é crucial para os próximos anos. Temos pelo menos mais uma Olimpíada pela frente." Ao ser questionada sobre o estado do seu joelho, Rebeca garantiu que ele estará inteiro para as próximas Olimpíadas. 

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Em 2024, a ginasta conquistou quatro medalhas para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris — inclusive o ouro na final do solo — e tornou-se a maior medalhista olímpica nacional. Ao lado de Simone Biles e Jordan Chiles, Rebeca relembrou a reverência das competidoras quando ganhou o primeiro lugar: "Foi um momento muito especial aquele pódio com três mulheres pretas. A representatividade foi enorme, não só para mim, mas também para elas. Não estava esperando o que aconteceu no pódio, elas combinaram na hora (a reverência), e fiquei muito feliz com o carinho gigantesco."

Ainda na adolescência, em 2015, Rebeca rompeu o ligamento cruzado anterior (LCA), episódio que culminou na primeira cirurgia no joelho da atleta. Ainda em decorrência da lesão, o segundo procedimento cirúrgico foi feito em 2017. Às vésperas do Pan de Lima (Peru), em 2019, Rebeca precisou de uma nova intervenção.  

 

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postado em 12/08/2025 19:22 / atualizado em 12/08/2025 19:26
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