São Paulo

Alunos de escola em SP pisoteiam, jogam terra e fezes de gato em menina

Mãe da vítima alegou que a menina sofreu agressões e xingamentos racistas por parte de cinco alunos de uma escola de ensino fundamental

Yasmin Rajab
Lara Costa*
postado em 21/03/2024 16:13 / atualizado em 21/03/2024 18:23
Mãe da vítima alegou que a menina sofreu agressões e xingamentos racistas por parte de cinco alunos de uma escola fundamental -  (crédito: Caio Gomez)
Mãe da vítima alegou que a menina sofreu agressões e xingamentos racistas por parte de cinco alunos de uma escola fundamental - (crédito: Caio Gomez)
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Uma menina, de apenas 12 anos, foi pisoteada e xingada por cinco alunos do ensino fundamental de uma escola localizada em Novo Horizonte, no interior de São Paulo.

A mãe da vítima denunciou o episódio à polícia e relatou que a filha sofreu agressões e xingamentos racistas. Um boletim de ocorrência foi aberto em 11 de março, por preconceito de raça e cor. Segundo a denúncia, a vítima, que tem pele negra e os cabelos trançados, teria sido jogada ao chão.

"Eu queria que as crianças entendessem o quanto isso dói, e o tanto que faz mal para a outra pessoa essas brincadeiras. Isso daí não é brincadeira", lamentou a mãe.

Ela defende que as escolas deveriam tomar providências de conscientização nesses casos, como palestras com os estudantes, mesmo acreditando que tais medidas tenham pouco impacto devido ao racismo ser um problema muito arraigado. "Eu queria que os pais tivessem mais responsabilidade sobre os atos dos seus filhos, na verdade", desabafa.

A mãe solicitou medida protetiva para a filha, que foi concedida pela Justiça. Com isso, os cinco alunos estão proibidos de se aproximar e devem ficar a 100 metros de distância da menina. Na delegacia, a vítima prestou depoimento e disse que não foi a primeira vez que foi agredida.

“Essa providência visa a segurança da vítima, para que ela não sofra mais essas agressões. Essa foi a primeira vez que ela foi agredida fisicamente, por isso, ela só requereu a medida agora” explicou a advogada da família, Kelly Randolf.

O Correio entrou em contato com a escola onde aconteceu o caso, mas ainda não teve resposta. 

*Estagiária sob a supervisão de Priscila Crispi

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