A Câmara Legislativa do Distrito Federal homenageou o Centro Educacional 104 (CEd 104), do Recanto das Emas, em sessão solene realizada no último dia 1º de dezembro, por iniciativa do deputado distrital Gabriel Magno (PT).
A escola, que em 2011 figurava entre as piores do país e registrava altos índices de reprovação, reverteu completamente o cenário. Hoje, coloca cerca de 30 alunos por ano na Universidade de Brasília (UnB).
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A virada começou em 2011, quando quatro professores se uniram para enfrentar os problemas históricos da unidade. Segundo Moacir Júnior, professor doutor da escola, ele e os docentes Sérgio Elias, Dilce Eça, Paulo Henrique e Márcia Medeiros formaram uma equipe de gestão e coordenação para superar anos de descaso, indisciplina e reprovações sucessivas.
“Desde essa época, a escola desenvolve aspectos pedagógicos pautados na disciplina, na afetividade e na visão crítica de futuro, essenciais para a formação cidadã. Com a nova gestão, a escola saiu da marca de uma das piores do Brasil, em relação aos índices de reprovação, e passou a construir uma história de superação e sucesso”, destaca Moacir.
Atualmente, a instituição está sob gestão dos professores Felipe Renier e Márcia Medeiros. Fundada em 1996, a escola tinha capacidade para atender 600 estudantes. Hoje, com a mesma estrutura física, abriga 36 turmas e cerca de 1.200 alunos. Desde a união da equipe focada em resultados, os números só têm melhorado.
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CEd. 104 em números
Em 2017, a média de redação do Enem foi de 611,9 — acima da média das escolas particulares de Brasília, que ficou em 568 — ficando atrás apenas das escolas militares e do Instituto Federal de Brasília. Já em 2019, o CEd 104 alcançou o primeiro lugar entre as escolas públicas regulares no Enem. “Em 2024, tivemos a aprovação de mais de 1/6 das turmas de 3º ano em vagas na UnB, inclusive em cursos de alta concorrência, como Medicina e Engenharias”, reforça o professor.
Além dos resultados acadêmicos, a escola também se destaca pela produção científica e cultural. Um projeto de iniciação científica que utilizou a plataforma Minecraft foi premiado em um congresso, competindo com instituições de diversos perfis, inclusive militares.
Para Moacir, a homenagem reconhece não apenas o trabalho da equipe, mas também o impacto direto na vida dos estudantes. “Foi um momento de reflexão sobre os desafios de construir uma educação de qualidade, de sugerir estratégias para melhorar a estrutura da escola e de pensar em caminhos para superar a violência, o racismo e os discursos de ódio produzidos nas mídias e reproduzidos nas escolas”, afirma.
A escola completará 30 anos em 2026, e o reconhecimento chega, segundo ele, no momento ideal. “A homenagem foi uma forma de celebrar as conquistas e a seriedade do trabalho desenvolvido.”
Desde a fundação, milhares de estudantes passaram pelo CEd 104 e tiveram suas vidas transformadas. Por isso, Moacir ressalta que a celebração vai além dos muros da instituição. “Essa homenagem pode inspirar os estudantes a compreenderem a importância da escola para a comunidade e a necessidade de estarem plenamente envolvidos no processo de construção do trabalho. A escola é patrimônio deles e continuará relevante para as futuras gerações”, finaliza.
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