
O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), analisa um pedido da Polícia Federal para que o inquérito relacionado à Operação Overclean fique sob relatoria do magistrado Flávio Dino. Atualmente, as diligências estão sob responsabilidade de Kássio Nunes Marques, que foi escolhido por sorteio. A operação foi deflagrada para investigar o suposto desvio de verbas parlamentares na Bahia.
Barroso determinou que a Secretaria Judiciária do Supremo forneça informações técnicas sobre o caso. Em seguida, o tema deve ser enviado para manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A PF sustenta que o caso deve ficar com Dino "por prevenção", tendo em vista que o ministro já é o relator de outras ações que tratam de emendas parlamentares, como as chamadas emendas de bancada e emendas de relator. Para os investigadores, Dino já tem maior familiaridade com o tema.
A corporação já tinha solicitado que o caso fosse prevento a Flávio Dino. Porém, a solicitação foi negada por Edson Fachin, que está se revezando com Barroso na presidência da Corte durante o recesso do Poder Judiciário, que segue até o final de janeiro.
Então a PF fez nova manifestação, indicando que Dino tem familiaridade com o tema e é relator de outros casos que tratam de suspeitas de desvios de emendas parlamentares. A investigação começou na Bahia, mas foi enviada ao Supremo após o deputado federal Elmar Nascimento (União Brasil) ser citado - ele tem foro privilegiado por prerrogativa de função. As suspeitas é de que recursos de emendas parlamentares foram desviados para empresas e pessoas ligadas a prefeituras.
Os desvios ocorreram por meio de superfaturamento de obras, lavagem de dinheiro e fraudes em licitações. Um dos órgãos atingidos pelos desvios, de acordo com as investigações, foi o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas.
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