
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu, nesta quarta-feira (2/7), as inscrições para o Teste Público de Segurança (TPS) dos sistemas eleitorais de 2025. A atividade será realizada de 1º a 5 de dezembro, na sede da Corte em Brasília, e faz parte do ciclo de transparência que acompanha o processo eleitoral brasileiro desde 2009. O objetivo é identificar eventuais vulnerabilidades nos sistemas usados nas eleições, garantindo a integridade e o sigilo do voto.
As inscrições são voluntárias e estarão abertas até o dia 18 de julho. Ao todo, poderão participar até 15 pessoas, que serão selecionadas com base nos critérios definidos no edital já publicado pelo tribunal. Os interessados devem se inscrever individualmente ou em grupos, enviando suas propostas de plano de teste. As dúvidas podem ser encaminhadas ao e-mail oficial: tpu2025@tse.jus.br.
Os resultados dos testes irão alimentar novas evoluções do sistema eleitoral e servem de insumo para novas interações e etapas de desenvolvimento, explicou Júlio Valente, secretário de Tecnologia da Informação do TSE. Após as novas evoluções detectadas pelos especialistas selecionados, será feito um teste de confirmação no primeiro semestre de 2026, antes das eleições.
Segundo o TSE, o TPS representa um exercício de maturidade institucional. “Este teste demonstra a maturidade das eleições informatizadas brasileiras e, de forma transparente, dá acesso à informação”, disse Júlio Ferreira de Andrade, juiz auxiliar da Presidência do TSE, durante audiência pública realizada nesta quarta (2). Conforme explicou, durante o teste, os participantes terão acesso ao código-fonte dos sistemas e poderão executar tentativas controladas de exploração de falhas.
A estrutura do TPS contará com quatro comissões distintas: a organizadora, responsável pelo planejamento geral; a reguladora, encarregada da supervisão e aprovação dos testes; a avaliadora, que validará os resultados e produzirá relatórios; e a comissão de comunicação institucional, que dará suporte à divulgação do evento.
O Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais, que acontece desde 2009, é uma das principais ações voltadas ao aprimoramento contínuo da tecnologia eleitoral. A cada edição, os resultados e sugestões dos investigadores externos ajudam o TSE a promover melhorias técnicas e a reforçar a confiança da sociedade no processo de votação eletrônica.
De acordo com Valente, “todas as edições contribuíram para a evolução do software e do hardware das urnas eletrônicas”, comentou. Para ele, "isso é comprovação de que a segurança do processo eleitoral hoje não é resultado só do trabalho da Justiça Eleitoral, mas resultado da estreita relação com a população brasileira". Em sua avaliação, os testes contribuem para que o país tenha "um processo eleitoral seguro, transparente e auditável".
Revista do Correio
Esportes
Esportes
Esportes