EUA X BRASIL

Lula chama Alckmin de "exímio" negociador e crê no recuo de Trump no tarifaço

De acordo com o líder brasileiro, a abertura ao diálogo com o presidente norte-americano não significa, porém, que o Brasil vai aceitar imposições

Alckmin foi designado por Lula para estar à frente do Comitê Interministerial de estratégias para reagir ao anúncio do tarifaço previsto para entrar em vigor em 1º de agosto -  (crédito:  Ricardo Stuckert / PR)
Alckmin foi designado por Lula para estar à frente do Comitê Interministerial de estratégias para reagir ao anúncio do tarifaço previsto para entrar em vigor em 1º de agosto - (crédito: Ricardo Stuckert / PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou, nesta sexta-feira (25/7), o seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), como "exímio" negociador nas tratativas com o governo norte-americano sobre o tarifaço de 50% a produtos brasileiros importados pelos Estados Unidos. 

“Queria dizer para Trump outra vez que esse moço aqui (Geraldo Alckmin) é meu vice-presidente, é o cara mais calmo que eu conheço na vida. Esse cara é um exímio negociador. Ele não levanta a voz, ele só quer conversar”, elogiou o petista, durante discurso na cidade de Osasco, em São Paulo, onde participou de evento sobre urbanização de favelas.

Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Alckmin foi designado por Lula para estar à frente do Comitê Interministerial de estratégias para reagir ao anúncio do tarifaço para o dia 1º de agosto. Ontem (24), Alckmin concedeu coletiva à imprensa no prédio do Mdic, em Brasília. 

Na ocasião, ele afirmou ter conversado com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. "Tivemos Uma conversa longa (50 minutos), colocando todos os pontos e destacando o interesse do Brasil em negociar (as tarifas)", disse o vice-presidente. Ele ainda ressaltou que Lula tem orientado negociação a não "ter contaminação politica, nem ideológica".

Recuo

No discurso do presidente Lula, em Osasco, hoje, o chefe do Executivo também demonstrou disponibilidade para negociar com os EUA. “Trump, o dia que você quiser conversar, o Brasil estará pronto e preparado para discutir, para tentar mostrar o quanto você foi enganado com as informações que te deram”, discursou. “E quando você souber da verdade, você vai falar: ‘Lula, eu não vou mais taxar o Brasil, vou ficar do jeito que está’, completou.

Ainda de acordo com o líder brasileiro, a abertura ao diálogo com Trump não significará que o Brasil vai aceitar imposições. “Estamos tranquilos, estamos discutindo, queremos ouvir de verdade o que vai acontecer, e aí nós vamos tomar nossas posições”, finalizou.

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postado em 25/07/2025 16:36 / atualizado em 25/07/2025 19:15
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