
Durante o voto no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado, a ministra Cármen Lúcia ressaltou a resiliência das instituições brasileiras diante dos ataques de 8 de janeiro de 2023. Para ela, a democracia se mantém de pé mesmo quando criminosamente atacada. “É inútil, pois mesmo que desejassem destruir mil vezes este Supremo Tribunal Federal, mil e uma vezes reconstruiríamos este prédio”, afirmou.
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A magistrada destacou a simbologia da Corte, inspirada no trabalho de Niemeyer, e reforçou que nenhum ato de violência será capaz de subjugar a atividade jurisdicional. “Os valores que informam a atividade desta casa jamais serão tingidos ou subjugados pela barbárie. Seus juízes não se sentirão intimidados”, declarou.
Cármen Lúcia classificou os ataques como covardes e inéditos, lembrando que, em nome do Supremo, “a justiça erguerá sua clava forte” sobre os responsáveis. A ministra frisou que todos, os que conceberam, praticaram, insuflaram e financiaram os atos — serão responsabilizados dentro das regras do devido processo legal, com garantia de ampla defesa e contraditório.
A ministra também reforçou que o julgamento representa a continuidade do compromisso da Corte em resguardar a Constituição e reafirmar o Estado Democrático de Direito. “Dois anos e oito meses depois daqueles fatos, esta sentença é a reafirmação de que o Brasil permanece fiel à democracia e às suas instituições”, concluiu.
O que diz a ministra Cármen Lúcia
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Resiliência institucional: A democracia brasileira demonstrou sua força e resiliência ao resistir aos ataques, provando que é capaz de se manter de pé mesmo quando agredida.
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Símbolo do STF: O Supremo Tribunal Federal (STF) é um símbolo de justiça e seus valores não podem ser subjugados pela violência. Segundo a ministra, mesmo se o prédio fosse destruído, a Corte e seus valores seriam reconstruídos.
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Responsabilização e devido processo legal: Todos os envolvidos nos ataques — incluindo idealizadores, financiadores, e executores — serão responsabilizados de acordo com as leis, garantindo-se o devido processo legal, ampla defesa e contraditório.
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Compromisso com a democracia: O julgamento dos réus é uma forma de reafirmar o compromisso do Brasil com o Estado Democrático de Direito e suas instituições.
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