ASSEMBLEIA GERAL DA ONU

ONU: Janja repete blazer com bordado Tatreez em homenagem às palestinas

A primeira-dama publicou em suas redes sociais o motivo do blazer que vestiu na Assembleia Geral da ONU 2025. Especialista diz que a escolha reflete um posicionamento político atual

Janja ao lado de Lula, durante a abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira, em Nova York      -  (crédito: Brendan Smilalowski/AFP)
Janja ao lado de Lula, durante a abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira, em Nova York - (crédito: Brendan Smilalowski/AFP)

A primeira-dama do Brasil, Janja Lula, esteve presente na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (23/9), ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como em outras ocasiões formais, sua vestimenta chamou atenção do público.

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Janja veste blazer em homenagem às mulheres palestinas em Assembleia Geral da ONU
Janja veste blazer em homenagem às mulheres palestinas em Assembleia Geral da ONU (foto: reprodução redes sociais)

Em suas redes sociais, Janja explicou especialmente sobre o blazer vermelho com bordado Tatreez. "Por mais um ano, trago as mulheres palestinas junto a mim na Abertura da Assembleia Geral da ONU. Me visto com o tradicional bordado Tatreez, feito por mãos majoritariamente femininas, ao longo dos séculos", escreveu na legenda no Instagram.

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Em entrevista ao Correio, o consultor de imagem Gustavo Roccha destaca que a peça carrega muita força e que na moda serve para contar histórias. "Vermelho é uma cor forte! Associada ao poder, à coragem e à emoção. Também pode ser um ato político e de muita representatividade para as diversas questões que vivemos no mundo. A moda dá o recado muitas vezes sem precisar que a pessoa abra a boca", explica.

Segundo o especialista, o casaco palestino foi usado pela Janja pela primeira vez no mesmo encontro, em 2024. "A repercussão que isso está tendo mostra que as pessoas estão ligadas e que, mesmo sem falar nada, a primeira-dama demonstra de que lado está da história. Afinal, o momento é muito delicado, com o conflito entre Israel e o Hamas", diz Gustavo.

Ao avaliar a ocasião, o consultor acredita que a aposta da primeira-dama é uma quebra de paradigmas. "A gente está acostumado a ver normalmente uma assembleia com todos muito mais formais e em cores mais sóbrias. A Janja, desde sempre, tem se vestido de maneira diferente do que as convencionalidades estão acostumadas. Fora isso, acredito que o Brasil está numa fase que tem sido chamado a se posicionar", comentou Roccha.

 

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postado em 23/09/2025 13:42 / atualizado em 23/09/2025 14:08
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