
O relator do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, deputado Arthur Lira (PP-AL), disse nesta quarta-feira (24/9) que "oportunistas" querem fazer "politicagem" com o assunto. A votação do texto no plenário da Câmara está marcada para 1º de outubro.
A crítica veio no mesmo dia em que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou o relatório de um texto similar, relatado pelo principal rival político em Alagoas, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que deve ser adversário de Lira na corrida para o Senado em 2026.
"É reprovável que alguns oportunistas queiram fazer politicagem com o projeto de isenção do IR", disse Lira em perfil no X.
O ex-presidente da Câmara disse que o parecer dele "foi elaborado com muito diálogo entre todos, que deixaram suas diferenças de lado para construir um projeto importante para o Brasil".
Compartilhou, ainda, um elogio feito pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) ao trabalho na relatoria do texto enviado pelo Executivo nesta quarta. "Arthur Lira foi muito responsável e diligente na relatoria do IR", disse Haddad ao jornal Valor Econômico.
O texto relatado por Lira tem, além da isenção até R$ 5 mil, desconto na alíquota para quem recebe até R$ 7.350. A compensação seria feita com a taxação de até 10% daqueles que recebem a partir de R$ 600 mil por ano, os chamados super-ricos.
Aprovação no Senado
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta quarta o projeto de lei que também isenta de Imposto de Renda quem recebe até R$ 5 mil por mês. A proposta foi aprovada em caráter terminativo; ou seja, não precisará passar pelo plenário e vai direto à Câmara.
O presidente da CAE, senador Renan Calheiros (MDB-AL) assumiu na semana passada a relatoria do texto sob a justificativa de que a Câmara demorou demais para aprovar o projeto enviado pelo Executivo em março.
"Até o presente momento, (o texto) aguarda decisão para ser pautada no Plenário da Câmara, gerando expectativas negativas quanto à tramitação deste tema, que é de grande relevância para a correção de injustiças tributárias com as pessoas de menor renda", disse o senador.
A expectativa, no entanto, é que o texto relatado por Calheiros não seja nem analisada pela Câmara. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já avisou que a Casa não analisará outro texto que não seja o que já está em tramitação sob a relatoria de Lira.
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