
A Polícia Federal instalou, na manhã desta segunda-feira (24/11), películas escuras nos vidros das portas da Superintendência Regional do Distrito Federal. A medida foi adotada após o ex-presidente Jair Bolsonaro ser visto na recepção do prédio ao se despedir da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro neste domingo.
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Segundo investigadores da PF, Bolsonaro — que cumpre custódia em uma sala especial — apenas se deslocava entre a área de visitas, onde encontrava Michelle, e o espaço onde permanece detido. De acordo com a corporação, todos os movimentos ocorreram dentro dos procedimentos de segurança estabelecidos, e a presença do ex-presidente na recepção não representou qualquer irregularidade.
STF forma maioria para manter prisão preventiva de Jair Bolsonaro
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, na manhã desta segunda-feira (24/11), para manter a prisão preventiva de Bolsonaro. Até o momento, votaram favoravelmente o relator Alexandre de Moraes, o presidente do colegiado Flávio Dino, e o ministro Carlos Zanin, consolidando três votos favoráveis entre os quatro integrantes do grupo. Ainda falta o voto da ministra Cármen Lúcia.
A decisão analisada no plenário diz respeito à ordem de prisão decretada por Moraes após a Polícia Federal apontar que a tornozeleira eletrônica de Bolsonaro foi danificada por uma fonte de calor, provavelmente um aparelho de solda ou equipamento semelhante, às 0h08 da madrugada de sábado. A ação configura violação das medidas cautelares impostas no inquérito que apura a trama golpista.
Entenda a prisão
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22/11), na casa dele, no Jardim Botânico, em Brasília. Ele está detido na Superintendência da Polícia Federal, no Setor Policial Sul, onde aguarda audiência de custódia, marcada para este domingo.
A prisão é preventiva, sem prazo determinado, e foi solicitada pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com o pedido.
A prisão preventiva de Bolsonaro não tem relação direta com a condenação na trama golpista, mas, sim, com a quebra reiterada de medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo os investigadores, o ex-presidente mexeu na tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado, violou regras de monitoramento, manteve contatos proibidos e estimulou movimentações políticas mesmo sob restrições.

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