
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes rebateu nesta segunda-feira (24/11) a possibilidade de o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ter agido de forma impulsiva ou inconsciente, e destacou que Bolsonaro agiu de forma “consciente e dolosa” ao violar a tornozeleira eletrônica.
O ministro afirmou ainda que relatório da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap/DF) atestou que o equipamento foi violado. O voto foi feito durante sessão virtual da Primeira Turma.
"O relatório, juntado em 22/11/2025, apontou que 'o equipamento possuía sinais claros e importantes de avaria. Haviam marcas de queimaduras em toda sua circunferência, no local do encaixe/fechamento do case', bem como, ‘no momento da análise, o monitorado foi questionado acerca do instrumento utilizado. Em resposta, informou que fez uso de ferro de solda para tentar abrir o equipamento’”, destacou Moraes em seu voto.
O magistrado apontou que a convocação de uma vigília de apoiadores feita pelo filho do preso, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), era uma “repetição do modus operandi” da organização criminosa para causar tumulto e conseguir vantagens pessoais — a aglomeração perto da casa do réu indicou uma estratégia para possibilitar sua fuga e frustrar a aplicação da lei penal.
Possibilidade de fuga para embaixada
"O senador da República faz uso do mesmo modus operandi, empregado pela organização criminosa que tentou um golpe de Estado no ano de 2022, utilizando a metodologia da milícia digital para disseminar por múltiplos canais mensagens de ataque e ódio contra as instituições”, destacou o relator.
Foi ressaltado em seu voto também que a residência de Bolsonaro se encontra próxima do Setor de Embaixadas Sul, em Brasília, com destaque para a Embaixada dos Estados Unidos, e relembrou que Bolsonaro já havia planejado fuga para a Embaixada da Argentina, por meio de pedido de asilo político.

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