SABATINA

Otto Alencar nega articulação por votos para Jorge Messias

Presidente da CCJ afirma que Davi Alcolumbre queria antecipar a data, mas foi convencido por ele a aumentar o prazo

Otto Alencar  afirmou ainda que recebeu Messias nesta terça-feira (25/11), em seu gabinete -  (crédito: Marcos Oliveira/Agencia Senado)
Otto Alencar afirmou ainda que recebeu Messias nesta terça-feira (25/11), em seu gabinete - (crédito: Marcos Oliveira/Agencia Senado)

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), afirmou nesta quarta-feira (26/11) que a data da sabatina do indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado-geral da União, Jorge Messias, só foi marcada para 10 de dezembro após ele solicitar maior prazo junto ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Messias visitou ontem o presidente da CCJ e hoje tem agenda com a senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

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Alencar revelou que Alcolumbre pretendia marcar a sabatina para 3 de dezembro, mas ele explicou que o prazo era curto e precisava de mais tempo. “Ele pediu para ser no dia 3 e eu disse a ele não dá. Vamos por uns 15 dias”, relatou o senador, que reforçou que a necessidade do prazo deveria ser a mesma dada para os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino, ambos do STF. “Foi o mesmo tempo do Zanin, o mesmo tempo do Dino.”

Cauteloso, o senador não quis entrar em detalhes sobre se o cronograma pensando por Alcolumbre poderia prejudicar Jorge Messias. Ele defendeu que era preciso um prazo mínimo para se cumprir o “rito adequado”. Ele também não deu garantias de que a sabatina aconteça realmente no dia 10 de dezembro, como anunciado.

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Ele afirmou ainda que recebeu Messias nesta terça-feira (25/11), em seu gabinete, onde o advogado reforçou que pretende conversar com todos os senadores em busca de apoio. O senador evitou dar detalhes do encontro e se resumiu a dizer que “ele me ligou, perguntou se eu poderia recebê-lo e eu o atendi. Não me pergunte o que é que vai acontecer. Pelo amor de Deus, o pessoal me pergunta o que é que vai acontecer, mas eu não posso prever o futuro”, disse. Segundo Alencar, os encontros fazem parte de uma agenda normal do indicado com os parlamentares.

O presidente da CCJ garantiu que não tem conversando com outros senadores para articular votos. “Eu não peço voto e nem pergunto em quem vão votar. Aqui no Senado, não me cabe essa posição, isso cabe ao indicado”, ressaltando que o voto é secreto. “Meu voto é meu. Eu nunca pedi voto. Eu não admito um cara vir me perguntar como é que eu vou votar.” O senador garantiu não estar mantendo diálogo algum com o governo. “O governo não falou, ninguém falou comigo”, garantiu.

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postado em 26/11/2025 20:47
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