ARTICULAÇÃO

Líder diz que acordo por vetos está 'maduro' e nega crise com Alcolumbre

Líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirma que negociações avançaram sobre o Propag e destaca que não há risco de ruptura entre o Planalto e o presidente do Senado

"Não existe possibilidade de não haver diálogo", declarou Randolfe ao comentar a tensão entre o presidente Lula e Davi Alcolumbre - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou nesta quarta-feira (26/11) que o acordo para a votação dos vetos presidenciais está “praticamente fechado” e deve ser consolidado na sessão de amanhã (27). Segundo ele o impasse sobre o veto ao licenciamento ambiental permanece sem solução, e deve ser levado à deliberação do Plenário caso não haja consenso de última hora.

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Randolfe também comentou a articulação política em torno da indicação do Advogado-Geral da União (AGU), Jorge Messias, ao Supremo Tribunal Federal (STF). Questionado sobre reuniões para garantir votos ao indicado, o líder disse que o papel principal na coordenação da agenda é do senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado.

“Quando o líder Wagner não estiver, eu vou com certeza acompanhar algumas agendas”, afirmou, reforçando que o prazo para a sabatina é suficiente e segue o padrão adotado nas indicações anteriores.

Crise com Alcolumbre

O senador minimizou especulações sobre um possível distanciamento entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Randolfe frisou que ambos têm relação sólida e que uma conversa entre os dois é “inevitável e ocorrerá nos próximos momentos”. Ele lembrou o papel central de Alcolumbre na aprovação da proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, de projetos prioritários do governo e das indicações feitas por Lula ao STF. “Não existe possibilidade de não haver diálogo”, declarou.

Randolfe também rejeitou qualquer ideia de substituir o papel de Jaques Wagner na interlocução com Alcolumbre. “Ninguém substitui o papel de ninguém”, afirmou, destacando que cada liderança cumpre sua função e que a cooperação entre os líderes do Congresso e do Senado tem sido constante.

Prioridades para o fim de ano

Ao comentar a atuação da oposição na disputa sobre vetos, especialmente a movimentação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o líder disse que a prioridade deveria ser “trabalhar pelo Brasil”.

Ao projetar o encerramento do ano legislativo, Randolfe reforçou que a agenda do Congresso deve se concentrar na votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e do Orçamento de 2026.

Ele afirmou que o governo pretende celebrar os resultados fiscais e econômicos, com a promessa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e projeções de crescimento superior a 2,5% em 2026. “Tem tanta coisa para fazer. É hora de virar a página e cuidar do Brasil”, concluiu.

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postado em 26/11/2025 16:38
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