Democracia

"Somos guardiães da esperança", diz Fachin em encontro nacional do Judiciário

Presidente do Supremo exaltou os deveres do Poder Judiciário e detalhou como será o resto de sua gestão à frente da Corte

Fachin afirmou que o papel do Judiciário é proteger direitos fundamentais, resguardar a democracia constitucional e assegurar uma Justiça eficiente -  (crédito: Antonio Augusto / STF)
Fachin afirmou que o papel do Judiciário é proteger direitos fundamentais, resguardar a democracia constitucional e assegurar uma Justiça eficiente - (crédito: Antonio Augusto / STF)

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Edson Fachin, abriu o 19º Encontro Nacional do Poder Judiciário destacando que a integridade e a transparência são “os pilares da confiança da República na sua magistratura”.

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No evento, que começou na segunda-feira (1º/12) e acaba hoje (2), Fachin afirmou que o papel do Judiciário é proteger direitos fundamentais, resguardar a democracia constitucional e assegurar uma Justiça eficiente.

“Seguiremos coesos, abertos a diálogos republicanos e ciosos do respeito institucional e de nossos deveres, especialmente de transparência. Nosso horizonte é simples e firme: integridade e transparência. Estes são os pilares da confiança da República na sua magistratura”, enfatizou.

O presidente do Supremo detalhou que as ações de seu biênio de gestão (2025-2027) seguirão seis eixos fundamentais: promoção de justiça, segurança jurídica e eficiência; fortalecimento da estrutura, inovação e transparência; proteção dos direitos humanos e promoção ao diálogo interamericano; compromisso com sustentabilidade ambiental e social; e afirmação dos direitos sociais, do trabalho decente, da dignidade e da vida em sua integralidade.

Fachin apontou que o Judiciário enfrentará desafios concretos, com destaque para a defesa do Estado Democrático de Direito e na manutenção das bases do Poder como instituição republicana e independente.

Em relação à sociedade, ele frisou que a missão do Judiciário é levar a Constituição Federal a todos os brasileiros, em especial àqueles que foram relegados à margem da história. O magistrado frisou que o compromisso com a inclusão “não é opcional, mas imperativo ético, constitucional e interamericano”. 

“Somos guardiães do pluralismo e da dignidade da pessoa humana, e isso significa enfrentar todas as desigualdades”, ressaltou

A revolução tecnológica foi citada como o maior desafio contemporâneo do Poder Judiciário. O presidente do CNJ mencionou a transformação causada pela inteligência artificial, automação e novas plataformas de interação social.

Segundo o ministro, o “nosso trabalho não se mede pelo culto à vaidade, pelo espetáculo midiático ou pelo ruído das redes sociais”, mas sim pela técnica, transparência, ética republicana e respeito à dignidade da função jurisdicional.

Fachin acrescentou que a Justiça se fortalece longe dos holofotes, no dia a dia das comarcas, varas e subseções. “Não vamos cruzar os braços. Somos guardiões da esperança — e a esperança não é passividade”, disse.

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postado em 02/12/2025 12:04
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