
O presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, afirmou durante entrevista ao CB.Poder — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — desta terça-feira (9/12) que o cenário para 2026 permanece marcado pela força do PT e pela fragmentação da direita. O tucano avaliou que nomes como Ronaldo Caiado (União), Flávio Bolsonaro (PL), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Júnior (PSD) ainda não demonstram condições de se consolidar no plano nacional.
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“Há uma divisão muito grande na direita hoje. Eu tenho a noção clara de que nós não temos hoje a musculatura necessária para liderar, agora, um projeto nacional. Mas, se as alternativas se limitarem a um representante da família Bolsonaro e ao presidente Lula, temos que admitir a possibilidade de construir um nome do próprio PSDB para qualificar o debate e dizer que existe vida inteligente entre os extremos”, disse aos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Denise Rothenburg.
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Na visão de Aécio, o ambiente político segue polarizado, com PT e bolsonarismo sustentando-se mutuamente. Ele avaliou que parte do eleitorado do PT votou em Lula por rejeição ao bolsonarismo. “Os polos vivem do oxigênio que o outro dá”, declarou. Ainda para ele, esse processo foi intensificado pelas redes sociais, que ampliam discursos de confronto.
O dirigente tucano também criticou o funcionamento atual do Congresso, que classificou como dominado por embates contínuos e ausência de diálogo entre blocos políticos. Segundo ele, projetos são rejeitados ou apoiados conforme a origem partidária, e não pelo conteúdo. Aécio afirmou que reassumiu a presidência do PSDB por acreditar que ainda existe espaço para uma atuação baseada em negociação e construção política.
O ex-governador destacou que o PSDB pretende reconstruir um espaço próprio fora dos extremos e dialogar com setores que não se identificam com PT ou bolsonarismo. “Não existe mais espaço para o debate e a construção suprapartidária. Se o projeto é do governo, a direita é contra; se vem da direita, o governo é contra, independente do mérito. É preciso deixar para nossos filhos um país menos raso, inculto e agressivo, onde adversário político não é inimigo”, concluiu.
Assista à entrevista na íntegra:
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
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